Após inundações, 1,8 mil argentinos voltam para casa

Buenos Aires, 21 jan (EFE).- Cerca de 1.800 argentinos, procedentes das províncias de Chaco, Corrientes, Santa Fe e Entre Ríos já voltaram para casa após terem sido evacuados pelas inundações que ocorreram nas últimas semanas.

Das 8,6 mil pessoas que foram evacuadas pelas intensas chuvas no norte do país, 6.816 ainda continuam nos centros disponibilizados ou de forma autônoma, segundo divulgou o Sistema Nacional de Gestão Integral do Risco (Sinagir).

A província com o maior número de retornos foi Chaco, que auxiliava 3.000 pessoas de forma "permanente e intermitente" e agora registra 1.426 pessoas evacuadas, informou à Agência Efe o porta-voz da Cruz Vermelha na Argentina, Rodrigo Cubas.

Cubas explicou que, para que as famílias possam voltar para casa, o governo terá de realizar primeiro uma avaliação da estrutura do imóvel com um especialista.

A Cruz Vermelha está oferecendo apoio emocional aos afetados, informações sobre água e saneamengo, e um kit de higiene. Tudo isso, segundo Cubas, para que as vítimas tomem medidas de higiene que evitem doenças e controlem a aparição de répteis nas tubulações.

O Banco Nação, o banco público estatal, também informou em comunicado nesta segunda-feira que adotará "medidas especiais" para beneficiar os clientes que tenham sido afetados pelas inundações.

O banco concederá maior flexibilidade nos prazos para os empréstimos pessoais e comerciais adquiridos com a entidade, assim como com os cartões de créditos.

O governador da província de Chaco, Domingo Peppo, declarou hoje à imprensa que as intensas chuvas dos últimos meses "não são um efeito de La Niña nem El Niño (fenômenos climáticos), mas consequências de um anticiclone que se origina no Brasil" e que podem durar até março. EFE