Cuba afirma que jamais permitiu a organização de atentados em seu território
Havana, 21 jan (EFE).- O Governo de Cuba afirmou nesta segunda-feira que "jamais permitiu e nem permitirá que seu território seja usado para a organização de atos terroristas", horas após o Exército de Libertação Nacional (ELN) ter reivindicado o atentado que na quinta-feira matou 20 pessoas em Bogotá.
Cuba sediou a Mesa de Diálogos da Colômbia entre o Governo e o ELN e supostamente o líder da organização está no país, ao qual Iván Duque, presidente colombiano, solicitou sua pronta extradição.
"Cuba jamais permitiu e nem permitirá que seu território seja usado para a organização de atos terroristas contra nenhum Estado" e "cumpriu estritamente o seu papel como fiador e sede alternativa da Mesa de Diálogos da Colômbia entre o Governo e o ELN", afirmou através de Twitter o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Em consequência do atentado Duque pediu a Cuba a extradição imediata, mas a Chancelaria da ilha disse que respeitará os protocolos dos diálogos de paz.
A delegação do ELN, liderada por Israel Ramírez Pineda, conhecido como "Pablo Beltrán", é integrada dez pessoas.
Rodríguez escreveu, em outro tweet, que seu país "é contra o terrorismo e contra a guerra e trabalha em defesa da paz".
"Com a moral de ter sido vítima do terrorismo de Estado por décadas, condenamos o terrorismo em todas as formas e manifestações, sejam quais forem as motivações", acrescentou o chefe da diplomacia cubana.
Os negociadores do ELN nos diálogos de paz com o Governo colombiano iniciados pelo Governo de Juan Manuel Santos e suspensos após a chegada de Duque ao poder permaneceram em Havana à espera do reatamento do processo de interlocução, mas não foi visto em público nas últimas semanas.
Diante do pedido de extradição dos guerrilheiros, o Governo da ilha afirmou que "Cuba atuará em estrito respeito aos Protocolos do Diálogo de Paz assinados entre o Governo e o ELN, incluído o Protocolo em Caso de Ruptura da Negociação" e que se encontra em consultas com as partes e os países fiadores.
Junto a Cuba, os países fiadores do processo são Brasil, Chile, Noruega e Venezuela, e o grupo de países de apoio e acompanhamento é integrado por Alemanha, Holanda, Itália, Suécia e Suíça, aos quais se somam o Conselho de Segurança da ONU e a Conferência Episcopal da Colômbia.
O atentado de quinta-feira contra a Escola de Cadetes da Polícia colombiana em Bogotá, que deixou 20 mortos e 68 feridos (além da morte do agressor), foi assumido hoje em artigo publicado no site do ELN. EFE
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