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Novo primeiro-ministro da Suécia promove 6 mudanças em governo de minoria

21/01/2019 13h48

Copenhague, 21 jan (EFE).- O social-democrata Stefan Löfven, eleito na semana passada para o cargo de primeiro-ministro pelo Parlamento sueco, apresentou nesta segunda-feira o novo governo de minoria com seis novidades.

O Ministério das Relações Exteriores continuará sob o comando da social-democrata Margot Wallström, enquanto os correligionários Magdalena Andersson, Morgan Johansson e Peter Hultqvist seguirão à frente das pastas de Finanças, Justiça e Defesa, respectivamente.

A ecologista Isabella Lövin será vice-presidente e ministra do Meio Ambiente em um gabinete no qual o seu partido, menor parceiro da coalizão, terá cinco pastas.

Entre as novidades se destaca a volta do social-democrata Anders Ygeman, que teve de renunciar há um ano e meio como ministro do Interior devido a um escândalo por vazamento de dados confidenciais de uma agência governamental e que assume agora uma nova pasta, a de Energia e Infraestrutura.

Os outros novos ministros são: os social-democratas Hans Dahlgren (União Europeia), Matilda Ernkrans (Educação Superior) e Jennie Nilsson (Assuntos Rurais); e as ecologistas Asa Lindhagen (Igualdade) e Amanda Lind (Cultura).

Löfven foi eleito primeiro-ministro com 115 votos a favor, 153 contra e 77 abstenções, cumprindo a condição estabelecida no sistema sueco: não ter a maioria da Câmara contra, 175 cadeiras.

A eleição foi possível pelas abstenções de centristas e liberais, com os quais assinou um acordo orçamentário, e do Partido de Esquerda, que ameaça apoiar uma moção de censura caso sejam feitas as reformas do mercado de trabalho e de regime de aluguéis incluídas no pacto.

"Em toda a Europa se expandem os movimentos de extrema-direita. Em vários países, inclusive, forças com uma agenda antidemocrática chegaram ao governo. Mas, na Suécia, defendemos a igualdade das pessoas. Escolhemos outro caminho", disse Löfven nesta segunda-feira.

O pacto feito pelo governo de Löfven isolou o ultradireitista Democratas da Suécia (SD), a terceira maior força política, que recebeu 17,5% dos votos.

A eleição de Löfven deu fim ao processo mais longo de formação de governo (131 dias) da história da Suécia, devido ao apertado resultado das eleições legislativas de setembro, nas quais o bloco de esquerda obteve 144 cadeiras contra 143 da Aliança de centro-direita e 62 da extrema-direita. EFE