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"Estamos com vocês", diz vice-presidente dos EUA ao povo Venezuelano

22/01/2019 16h10

Washington, 22 jan (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, divulgou nesta terça-feira um vídeo no qual chama de "ditador" o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e envia uma mensagem ao povo venezuelano: "Estamos com vocês".

"Enquanto vocês fazem com que as suas vozes sejam ouvidas amanhã, em nome do povo americano, dizemos às pessoas de bem da Venezuela: 'Estamos com vocês, apoiamos vocês e vamos apoiá-los até que a democracia na Venezuela seja restaurada e os direitos de liberdade que os pertencem sejam reivindicados", afirmou Pence no vídeo, divulgado um dia antes do protesto convocado pela oposição.

Pence também comentou que a Assembleia Nacional (parlamento), controlada pela oposição, é o "último vestígio" da democracia na Venezuela e ressaltou o seu apoio ao presidente do órgão, Juan Guaidó.

De acordo com o vice-presidente americano, os EUA apoiam a "valente decisão" tomada por Guaidó na semana passada de declarar Maduro um "usurpador" e reafirmar os poderes da Assembleia Nacional com a invocação de artigos da Constituição que podem abrir as portas para a convocação de novas eleições.

Desde que Maduro tomou posse como presidente reeleito, no dia 10 de janeiro, os EUA só reconheceram a legitimidade da Assembleia Nacional, controlada pela oposição desde janeiro de 2016 e que o chavismo tratou de substituir com a Assembleia Nacional Constituinte.

A União Europeia (UE), o Grupo de Lima e os EUA rejeitaram a posse de Maduro, que está no poder desde 2013 e foi reeleito para um novo mandato de seis anos em eleições realizadas em maio do ano passado e não reconhecidas pela maior parte da comunidade internacional.

Um dia após Maduro tomar posse, Guaidó pediu apoio civil, militar e estrangeiro para assumir o governo no seu país e propôs manifestações populares para conseguir a "cessação da usurpação" na Presidência, um "governo de transição" e "eleições livres".

A oposição convocou uma grande manifestação para esta quarta-feira - data marcada pela queda da ditadura de Marcos Pérez Jiménez - com o objetivo de contestar o segundo mandato de Maduro. EFE