Indianos se despedem em cerimônia de líder espiritual falecido aos 111 anos

Nova Délhi, 22 jan (EFE).- Milhares de cidadãos comuns, políticos e personalidades se despediram nesta terça-feira do líder espiritual indiano Shivakumara Swami, de 111 anos de idade, pertencente uma seita do hinduísmo.

Swami, conhecido como "o deus ambulante" e que dirigia um templo situado no estado sulista de Karnataka, recebeu os últimos ritos depois de ter falecido ontem após semanas de tratamento médico por uma infecção pulmonar.

O corpo do religioso, nascido em 1908, permaneceu exposto em uma grande vitrine no templo e monastério que dirigia até as 16h (horário local, 8h30 em Brasília), quando começou uma cerimônia fechada ao público.

Imagens divulgadas pela agência de notícias indiana "ANI" mostraram vários devotos que se aproximaram durante toda a noite de ontem e hoje de manhã do corpo do líder espiritual, envolvido em uma espessa coroa de flores brancas.

O chefe do governo de Karnataka, H.D. Kumaraswamy, destacou as obras filantrópicas do religioso e anunciou três dias de luto, a partir de hoje, em todo o estado como sinal de respeito.

"Seus serviços ao proporcionar comida, abrigo e educação aos necessitados e aos pobres eram um modelo para todos além das barreiras da região, a linguagem, a casa e a religião", afirmou Kumaraswamy em uma publicação no Twitter, acompanhada de uma fotografia do político junto ao corpo de Swami.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também usou o Twitter para lamentar a morte do líder espiritual.

Modi afirmou que "a ampla gama de serviços comunitários desenvolvidos são excepcionais e sua escala é inimaginável", em referência às escolas e programas de alimentação impulsionados por Swami e que lhe valeram em 2015 o Padma Bhushan, uma das maiores condecorações civis no país.

Várias figuras públicas destacaram sua neutralidade em temas políticos e religiosos, ao contrário de outros gurus hindus acostumados a realizar declarações sobre temas de atualidade ou a se alinhar a formações políticas.

No entanto, Swami costumava receber influentes políticos como provam as fotografias de visitas de Modi, do líder do histórico Partido do Congresso, Rahul Gandhi, e de outros dirigentes locais. EFE