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Israel bombardeia instalações militares do Hamas em Gaza

22/01/2019 20h19

Gaza, 22 jan (EFE).- O exército de Israel bombardeou nesta terça-feira instalações militares em Gaza pertencentes ao movimento islamita Hamas, segundo informou um comunicado militar, após uma jornada de tensão com incidentes nos quais morreu um miliciano palestino e um soldado israelense ficou levemente ferido.

"Há pouco, aviões de combate do exército atacaram vários centros de terror dentro de um acampamento militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza", anunciou um porta-voz militar, que acrescentou que esta foi a "enésima" ofensiva depois que as tropas realizaram ataques durante o dia.

Os ataques foram em resposta "a vários incidentes" em que as tropas do exército postadas na cerca de separação da Faixa foram alvo de disparos vindos do outro lado.

Segundo fontes de segurança palestinas do enclave, os aviões de combate israelenses dispararam contra uma instalação militar que pertence ao braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezedin Al-Qasam , e o incidente aparentemente não deixou feridos.

Este ataque se segue a um bombardeio anterior no qual um miliciano palestino morreu, em resposta a disparos com armas de fogo de palestinos na fronteira que deixaram um soldado israelense levemente ferido.

Após estes incidentes, uma fonte oficial indicou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu não permitir a entrega de dinheiro que o Catar tinha previsto transferir amanhã a Gaza para aliviar a deterioração humanitária no enclave.

Segundo o exército, "a organização terrorista Hamas é a única responsável por todos os atos de agressão originados na Faixa de Gaza", e as forças israelenses "estão preparadas para atuar contra todos os atos de terror que emanam dela."

A tensão no enclave litorâneo palestino é alta desde que começaram os protestos semanais da chamada Grande Marcha do Retorno em 30 de março do ano passado, período no qual ocorreram sete picos de violência com o lançamento em massa de projéteis de Gaza e bombardeios israelenses de represália, contidos por frágeis tréguas.

No total morreram 240 palestinos, segundo números do Ministério de Saúde palestino, um soldado israelense junto à Faixa e outro em uma operação encoberta do exército dentro do enclave. EFE