Israel exige na ONU retirada imediata de forças iranianas da Síria

Nações Unidas, 22 jan (EFE).- Israel exigiu nesta terça-feira na ONU a retirada "imediata" de todas as tropas e milícias do Irã do território da Síria e reiterou que está disposto a seguir usando a força para responder às ações da República Islâmica, após os ataques realizados no último fim de semana.

"Israel não deseja nenhuma escalada, mas Israel está preparado e é capaz de proteger seus cidadãos e sua soberania da ameaça iraniana", disse o embaixador do país nas Nações Unidas, Danny Danon, diante do Conselho de Segurança.

Danon defendeu os bombardeios israelenses contra alvos iranianos perto de Damasco, em resposta ao lançamento de um míssil contra seu território há dois dias, e pediu que a comunidade internacional condenasse Teerã por este "ato de agressão".

O míssil disparado do território sírio demonstra, segundo o diplomata, o "entrincheiramento" iraniano na Síria, que Israel considera uma ameaça para a sua segurança.

"O Irã deve, incondicionalmente, retirar completamente sua presença militar e suas milícias da Síria. Deve fazê-lo imediatamente", insistiu Danon.

O representante israelense aproveitou um debate no Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio para denunciar as ações do Irã, acusando o país de gastar US$ 7 bilhões por ano em sua "rede terrorista" na região.

Danon, em entrevista coletiva anterior à reunião, mostrou aos jornalistas um mapa com os supostos recursos que Teerã gasta em diferentes lugares com o objetivo de "destruir Israel".

Segundo o diplomata israelense, o Irã teria destinado US$ 4 bilhões à Síria, US$ 1 bilhão em apoio à milícia libanesa Hezbollah, centenas de milhões para forças xiitas no Iraque e dezenas para os rebeldes houthis do Iêmen.

Além disso, Danon afirmou que o Irã ofereceu recursos aos grupos armados palestinos de Gaza e estaria tentando agora criar uma "nova frente" contra Israel em "Judeia e Samaria" (nomes bíblicos para Cisjordânia). EFE