Maduro diz que há "coesão" nas forças armadas após levante militar
Caracas, 22 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou nesta terça-feira a "disciplina, a coesão e a preparação" das forças armadas, que ontem não se curvaram ao levante de um grupo de militares que pedia o não reconhecimento do chefe de Estado e controlaram a revolta sem causar feridos nem baixas.
"Nossa Força Armada deu incontáveis demonstrações de disciplina, coesão e preparação para enfrentar qualquer ameaça dos inimigos da pátria, o poder militar que hoje ostentam, está a serviço da defesa do interesse nacional", disse Maduro em mensagem publicada no Twitter.
Na madrugada de segunda-feira, funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) roubaram armas de guerra, sequestraram outros quatro funcionários e depois se dirigiram a um comando no bairro de Cotiza, em Caracas, onde encontraram resistência por parte de outros agentes.
Segundo informaram então as forças armadas, o grupo insurgente foi "rendido e capturado" após pactuar sua entrega aos militares leais a Maduro.
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, disse ontem que o próprio Maduro dirigiu a operação de rendição dos insurgentes, e que foram detidos 27 dos envolvidos.
Os venezuelanos souberam do fato através das redes sociais, onde circularam vários vídeos que mostravam o grupo de militares convocando os cidadãos a se manifestarem contra o chefe de Estado.
A Agência Efe pôde constatar que os moradores do distrito fizeram um panelaço e foram respondidos com disparos de bombas de gás lacrimogêneo lançados por efetivos de vários corpos de segurança venezuelanos.
Além disso, o fato ocorreu depois que o parlamento, que é controlado pela oposição, aprovou um decreto de lei que promete anistia para todos os funcionários civis e militares que não reconhecerem Maduro e contribuírem para restabelecer o regime democrático, que o órgão legislativo garante que foi rompido no país.
Além disso, o ato de rebeldia militar aconteceu horas antes de a oposição se manifestar nas ruas contra o novo mandato de Maduro.
Os opositores foram cautelosos ao falarem sobre o levante militar, mas reiteraram a convocação para realizar uma manifestação amanhã e o pedido aos militares para que não os reprimam se receberem esta ordem.
Enquanto isso, dezenas de protestos em bairros populares vêm acontecendo nas últimas horas e para amanhã é esperado um grande número de pessoas para a manifestação em rejeição ao segundo mandato de Maduro, que a oposição considera "ilegítimo". EFE
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