Paraguai afirma que reconheceria Guaidó como presidente da Venezuela

Davos (Suíça), 22 jan (EFE).- O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, afirmou nesta terça-feira que seu governo reconheceria o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como chefe de Estado da Venezuela, se assim decidisse esse órgão legislativo controlado pela oposição ao governo de Nicolás Maduro.

Durante um debate realizado em Davos, Abdo Benítez respondeu a uma pergunta sobre se Guaidó seria reconhecido pelos governos latino-americanos como presidente legítimo da Venezuela caso a Assembleia Nacional o juramentasse como novo chefe de Estado.

"Aqui está o meu ministro de Relações Exteriores e pelo seu olhar vejo que quer que eu seja diplomático, mas não vou ser", começou dizendo o governante paraguaio ao ser perguntado durante um colóquio do qual também participaram os presidentes da Costa Rica, Carlos Álvaro Quesada, e do Equador, Lenín Moreno.

"Nós reconheceríamos o senhor Guaidó como presidente (da Venezuela), porque acredito que temos que enviar uma mensagem clara; que essa mensagem vai contribuir para o equilíbrio, e que, através desse equilíbrio, a consequência pode ser o grande diálogo", acrescentou Benítez.

"Tudo o que contribua para a libertação da Venezuela vai ter o voto e o apoio da República do Paraguai", completou o chefe de Estado paraguaio entre os aplausos do público.

Em resposta a outra pergunta anterior, Abdo Benítez lembrou que seu país é o único na região que rompeu relações diplomáticas com o governo de Nicolás Maduro, "tentando ser coerente na preocupação que temos", explicou.

A Venezuela, segundo o chefe de Estado paraguaio, "foi o farol que iluminou a democracia na América Latina e o que esse povo está passando hoje requer posições firmes e concretas".

"Tomara que se possa reconstruir o diálogo para que haja uma saída pacífica o mais rápido possível e se recupere a democracia na Venezuela", frisou.

"A Venezuela tem que ser uma causa do mundo", concluiu Abdo Benítez. EFE