Cuba se solidariza com Maduro após autoproclamação de Guaidó como presidente
Havana, 23 jan (EFE).- O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, manifestou nesta quarta-feira "apoio e solidariedade" ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional do país sul-americano, parlamento formado basicamente por opositores ao atual mandatário, se proclamar chefe de governo interino.
"Nosso apoio e solidariedade ao presidente Nicolás Maduro em relação às tentativas imperialistas para desacreditar e desestabilizar a Revolução Bolivariana", escreveu Díaz-Canel no Twitter.
O posicionamento de Cuba - que tem a Venezuela como principal aliada política e econômica na América Latina - foi anunciado depois que o governo americano reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela, o que também foi feito por Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai e Peru.
A União Europeia também expressou seu "total apoio" à Assembleia Nacional como a instituição eleita democraticamente no país e pediu a convocação imediata de eleições "críveis".
Por sua parte, o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, qualificou como "tentativa golpista" a autoproclamação de Guaidó como presidente em exercício da Venezuela e garantiu que a "vontade soberana do povo prevalecerá frente à intervenção imperialista", em referência aos Estados Unidos.
"A história julgará quem encoraja e reconhece a usurpação golpista", acrescentou o chanceler cubano na sua publicação, também no Twitter.
Os posicionamentos das autoridades de Cuba são divulgados depois que outros parceiros da Venezuela, como Bolívia e Rússia, manifestaram seu reconhecimento de Maduro como chefe de Estado legítimo e condenaram a autoproclamação do presidente do parlamento da Venezuela.
Guaidó se autoproclamou presidente do país após acusar Maduro de "usurpar" o poder, por ter vencido as eleições de maio de 2018 das quais não participou a maioria da oposição por considerá-las fraudulentas.
Devido à irregularidade daquele processo, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a UE, assim como vários governos da região, decidiram não reconhecer a legitimidade do segundo mandato de Maduro.
Havana e Caracas são aliados estreitos desde que no ano 2000 os então presidentes Hugo Chávez e Fidel Castro assinaram o chamado Convênio Integral de Cooperação, pelo qual o país sul-americano começou a fornecer petróleo à ilha a preços subsidiados em troca de serviços profissionais.
Nos últimos três anos tais envios de petróleo diminuíram consideravelmente por causa da crise que assola a Venezuela, o que obrigou Cuba a buscar fornecedores alternativos. EFE
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