Maduro rompe relações diplomáticas e políticas da Venezuela com os EUA
Caracas, 23 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira o rompimento das relações diplomáticas e políticas do país sul-americano com o governo dos Estados Unidos, ao qual acusa de "intervencionismo", e deu 72 horas para que os funcionários da embaixada americana em Caracas deixem o território venezuelano.
"Decidi romper relações diplomáticas e políticas com o governo imperialista dos Estados Unidos", disse Maduro no Palácio de Miraflores, sede da presidência do país sul-americano.
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Diante de centenas de milhares de pessoas que participaram de uma manifestação em Caracas para apoiar sua legitimidade no poder, Maduro afirmou que tomou a decisão "como presidente constitucional, chefe de Estado, chefe de governo" e prometeu "respeitar e fazer respeitar a independência".
"Saiam, deixem a Venezuela. Chega de intervencionismo, aqui há dignidade, c..., aqui há um povo disposto a defender esta terra", bradou Maduro.
Em comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu a Maduro que renuncie, alegando que agora há um "líder legítimo, que reflete a vontade do povo venezuelano", referindo-se ao chefe do Parlamento formado por opositores do governo, Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino.
Também na nota, Pompeo reiterou o pedido dos EUA aos militares venezuelanos para que "respaldem a democracia e protejam os cidadãos venezuelanos". EFE