Presidente colombiano responsabiliza membros do ELN em Cuba por atentado
Davos (Suíça), 23 jan (EFE).- O presidente da Colômbia, Iván Duque, culpou nesta quarta-feira os membros do ELN que se encontram em Cuba de terem responsabilidade no atentado contra a Escola de Cadetes da Polícia de Bogotá.
"Trata-se de uma organização terrorista que realizou este ato e que tem uma cadeia de comando, assim como um comando central, com membros deste comando que estão em Havana", disse o chefe de estado colombiano à Agência Efe assim que saiu de um evento no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Duque acrescentou que, inclusive, há outras pessoas que fazem parte de "instâncias de direção" do ELN que estão em Cuba, país ao qual pediu que entregue os membros da delegação de paz da guerrilha que se encontram em seu território.
"O mundo tem que se unir para reprovar e punir exemplarmente esses atos", reivindicou o presidente colombiano.
Duque garantiu que seu governo não quer nenhum confronto com Cuba: "Eu fui muito respeitoso em solicitar (ao regime cubano) que entregue as pessoas que estão por trás desses atentados".
"Jovens estudantes indefesos foram massacrados com um carro-bomba, o lógico é que se faça justiça", acrescentou o líder colombiano, após afirmar que ficou satisfeito com o apoio recebido do Conselho de Segurança da ONU, assim como do Equador e do Chile.
Esses dois países participaram como mediadores nos processos de paz durante o governo colombiano anterior.
Ao ser perguntado sobre a declaração da Noruega - país que acompanhou diferentes governos colombianos nos esforços de paz e que pediu que se permita a saída dos ex-negociadores do ELN da sede dos diálogos na capital cubana -, o presidente Duque evidenciou seu desacordo ao afirmar que é preciso compreender a gravidade do ocorrido na Colômbia.
"Temos uma relação muito boa com o governo norueguês e o que lhe peço, assim como a todos os governos, é que entendam que o que aconteceu na semana passada não é uma divergência de posições, mas um crime internacional", afirmou Duque.
O presidente colombiano disse que o mundo se lembra do atentado que em 2011 resultou na morte de 69 jovens que participavam de um acampamento juvenil do Partido Trabalhista norueguês e argumentou que "o que ocorreu na Colômbia, que acabou com a vida de jovens desarmados que se preparavam para ser policiais, não é diferente".
A guerrilha do ELN reivindicou a autoria do atentado de 17 de janeiro contra a Escola de Cadetes, que deixou 20 mortos, além do motorista do carro-bomba, e 68 feridos.
Duque garantiu que seu governo combaterá o terrorismo "com todas as ferramentas legais e com contundência" e que não será intimidado por "nenhum grupo terrorista". EFE
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