Theresa May diz que adiar Brexit "não solucionará nada"
Londres, 23 jan (EFE).- A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse nesta quarta-feira que adiar a data de saída da União Europeia (UE) para depois de 29 de março "não solucionará nada" e só postergará o momento de tomar decisões.
No seu comparecimento semanal na Câmara dos Comuns, ela rejeitou prorrogar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa - que fixa em dois anos o período de negociações com a União Europeia -, como pedem vários deputados que desejam evitar uma saída sem acordo bilateral.
"Estender o Artigo 50 não resolverá nada, porque em algum momento os membros desta Câmara terão que decidir se querem uma situação sem acordo, aceitar um acordo ou que não terá Brexit", declarou.
Ela insistiu que a melhor maneira de evitar uma saída não negociada, principal preocupação da Câmara, é aprovar o tratado que ela pactuou com Bruxelas, que foi amplamente rejeitado deputados em 15 de janeiro.
May se negou mais uma vez a descartar um Brexit duro e recusou a proposta trabalhista de negociar com a UE uma união aduaneira, ao mesmo tempo em que criticou o líder da oposição, Jeremy Corbyn, por não aceitar se reunir com ela para conversar. Corbyn não quis encontrar a chefe do governo após a derrota do seu pacto por considerar que ela não tinha a intenção de mudar de opinião, o que outros dirigentes que sim aceitaram o convite confirmaram.
"A porta do seu gabinete talvez esteja aberta, mas as mentes estão fechadas, e a primeira-ministra claramente não escuta. Se a primeira-ministra é séria sobre encontrar uma solução, qual das linhas vermelhas ela está disposta a abandonar", manifestou hoje Corbyn.
May se apega ao seu pacto na esperança de obter algum novo gesto de Bruxelas que permita convencer os setores mais reticentes do seu próprio partido e dos seus parceiros do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte.
Parlamentares de todas as formações já tramitaram emendas a uma moção governamental "neutra" sobre o Brexit que será votada na próxima terça-feira, das quais o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, aceitará as de mais destaque. As emendas apresentadas até agora, que também serão votadas neste dia, embora não sejam vinculativos, pretendem impedir uma saída sem acordo da UE - com a prorrogação do Artigo 50 - ou promover um segundo referendo. EFE
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