Maduro manda fechar embaixada e consulados da Venezuela nos EUA
Caracas, 24 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que os diplomatas venezuelanos nos Estados Unidos devem deixar esse país e mandou fechar a embaixada e os consulados, ao mesmo tempo em que reiterou que os diplomatas americanos devem deixar o território venezuelano até o próximo domingo.
Maduro fez esta declaração no Tribunal Supremo de Justiça onde os magistrados e representantes de outros poderes lhe respaldaram após a autoproclamação como presidente do líder do parlamento, Juan Guaidó, que recebeu o apoio imediato dos EUA.
"Decidi retornar todo o pessoal, diplomático e consular, do nosso país no exterior e fechar a embaixada e todos os consulados nos Estados Unidos", disse o presidente.
Nesse sentido, reiterou que nesta quarta-feira tomou a decisão, "que mantém com firmeza", de romper relações diplomáticas e políticas "com o governo imperialista de Donald Trump, e expulsar todo seu pessoal diplomático" da Venezuela.
"Até o domingo têm 72 horas para se retirar da Venezuela", insistiu.
A decisão de Maduro, anunciada ontem, foi rejeitada por Guaidó, que pediu a todas as embaixadas que mantenham suas portas abertas, com a conseguinte reação dos Estados Unidos que disse que, por não reconhecer o líder chavista como chefe de Estado, não lhe obedecerá.
"Agora eles pretendem dizer 'não reconhecemos o governo de Maduro e ficamos'. O que vocês acham? Eles acham que já têm um enclave colonial na Venezuela, onde decidem o que lhes dá vontade? Não!", exclamou o governante.
"Se resta algo de sensatez e racionalidade, eu digo ao Departamento de Estado, com racionalidade, com sensatez, com base no direito internacional, vocês têm que cumprir a ordem que emanou do governo da Venezuela", completou.
Maduro manteve a acusação ao governo dos Estados Unidos de ser o responsável por um plano para impor Guaidó como presidente de um governo "de fato, inconstitucional, um golpe de Estado" e disse não ter dúvidas disto.
"Trump, com a sua loucura de achar que é polícia do mundo", comentou.
O governo dos Estados Unidos foi o primeiro a pronunciar-se em apoio a Guaidó depois que o líder do parlamento declarou diante de milhares de pessoas que assumia a presidência interina da Venezuela. EFE
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