Mais de 50% de pessoas com epilepsia na América Latina não recebe tratamento
Washington, 24 jan (EFE).- A epilepsia afeta cinco milhões de pessoas no continente americano, no entanto mais de 50% de quem sofre a doença na América Latina e no Caribe não recebe nenhum tipo de tratamento nos serviços sanitários, alertou nesta quinta-feira um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).
Segundo esta agência, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% dos pacientes que sofrem epilepsia, uma doença que afeta 50 milhões de pessoas no mundo, poderia levar uma vida normal com o tratamento adequado.
Mas, no continente americano, dois de cada três países não dispõem de um programa nem de nenhum plano de atendimento para as pessoas com esta doença.
Assim, o resultado é que mais da metade de pessoas com esta doença na América Latina e no Caribe fica sem tratamento e sofre crises de epilepsia de forma "permanente".
"É algo que afeta os seus estudos, o seu trabalho e a sua qualidade de vida, assim como a de seus entes queridos", afirmou Claudina Cayetano, assessora regional em saúde mental da OPS.
Entre as causas que geram este déficit assistencial se encontra a escassez de remédios e de pessoal médico capacitado.
Um total de quatro remédios antiepilépticos são essenciais para o tratamento da doença e, na maioria dos casos, só se dispõe dos mesmos nos serviços especializados, enquanto o atendimento primário carece totalmente deles, explicou a organização.
Além disso, a falta de informação, tanto entre profissionais como entre aqueles que sofrem epilepsia, dificulta a prevenção de ataques e o seu diagnóstico correto.
Em nível mundial, a epilepsia representa 0,5% da carga total de todas as doenças existentes e 80% de tal carga corresponde a países em desenvolvimento.
A cada ano são registrados dois milhões de casos novos no mundo, mas, no caso concreto da América, menos de 20% dos Estados tem uma legislação adequada, segundo detalhou a Organização Pan-Americana da Saúde. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.