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Sobe para 13 o número de mortes em protestos na Venezuela

24/01/2019 03h23

(Atualiza o número de mortos).

Caracas, 24 jan (EFE).- A ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS) informou, na quarta-feira, que pelo menos 13 pessoas morreram nas últimas horas em meio aos protestos contra o governo que abalaram o país nos últimos dias.

"Confirmamos 13 pessoas mortas nos protestos, este saldo só inclui vítimas com identificação confirmada", afirmou a ONG na sua conta do Twitter.

Na mensagem, o OVCS especifica que três pessoas morreram em Caracas, três no estado de Barinas (oeste), dois em cada uma das regiões do sul do Amazonas e Bolívar, dois no estado fronteiriço de Táchira e uma em Portuguesa, no oeste venezuelano.

Uma fonte do Ministério Público disse anteriormente à Agência Efe que estão investigando seis mortes em cenários de protestos e que no distrito de Sucre, no oeste de Caracas, duas pessoas morreram nas últimas horas "em fatos que não envolvem funcionários de ordem pública" e que já estão sendo investigados por promotores designados para o caso.

Além disso, o Ministério Público está averiguando quatro mortes registradas "durante saques" que aconteceram no estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, também nas últimas horas nas quais essa entidade regional registrou várias manifestações contra o governo de Nicolás Maduro.

O jovem Alixon Pizani, de 16 anos, é uma das vítimas e foi ferido com arma de fogo ontem à noite em Caracas, segundo afirmou o OVCS.

Meios de comunicação locais asseguram que as vítimas do estado Bolívar também receberam disparos enquanto participavam de saques.

Por sua parte, a governadora do Táchira, Laidy Gómez, indicou através da sua conta no Twitter que cinco pessoas receberam disparos, e duas delas morreram após apresentar "ferimentos na região do tórax e na região axilar".

Os incidentes violentos de Táchira, na fronteira com a Colômbia, aconteceram hoje no meio de um protesto antigovernamental na sua capital, San Cristóbal, que tinha sido convocado pela oposição para assinalar a "ilegitimidade" de Maduro.

Centenas de milhares de venezuelanos saíram hoje às ruas em todo o país para protestar contra o chefe de Estado, a quem consideram um "usurpador" após ter conseguido sua reeleição em pleitos tachados de fraudulentos e não reconhecidos por vários países. EFE