ONU diz que atos na Venezuela deixaram mais de 40 mortos e 850 foram detidos
Genebra, 29 jan (EFE).- A ONU apontou nesta terça-feira que mais de 40 pessoas morreram e 850 foram detidas nos atos ocorridos na semana passada contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro e em apoio ao autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Entre as vítimas, pelo menos 26 morreram por disparos de membros das forças de segurança ou de grupos armados que apoiam o regime bolivariano, destacou em entrevista coletiva o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
"Cinco deles morreram supostamente em batidas ilegais das forças de segurança em bairros humildes", usualmente em áreas onde ocorreram manifestações, e 11 em saques ocorridos paralelamente aos protestos, destacou o porta-voz.
Um dos mortos, por outro lado, foi um membro da Guarda Nacional Bolivariana supostamente assassinado durante os protestos no estado de Monagas, no nordeste do país.
Colville ressaltou que entre os detidos houve pelo menos 77 menores de idade, e que no dia 23 de janeiro, quando ocorreram os maiores protestos, foram detidas 696 pessoas, "o maior número registrado em um só dia (na Venezuela) durante os últimos 20 anos".
O porta-voz lembrou que a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, foi convidada há várias semanas a visitar a Venezuela, mas reconheceu que ainda se está longe de reunir as condições para tal viagem.
"Normalmente seria feita uma visita preliminar para garantir que vale a pena fazer a viagem e que ela vai ter acesso livre a organizações não-governamentais, mas não estamos perto deste ponto por enquanto", ressaltou.
A porta-voz das Nações Unidas em Genebra, Alessandra Vellucci, acrescentou na mesma entrevista coletiva, a respeito de a organização internacional reconhecer ou não Guaidó como presidente da Venezuela, que "o secretário-geral da ONU não tem autoridade para dar reconhecimento a líderes".
"O que podemos fazer é oferecer nossos oficiais para que apoiem uma mediação em prol de resolver a crise", afirmou Alessandra, que acrescentou que agências da ONU como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) trabalham em solo venezuelano para atender necessidades humanitárias. EFE
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