Israel critica relatório da Anistia Internacional sobre empresas turísticas
Jerusalém, 30 jan (EFE).- Israel criticou nesta quarta-feira o relatório da Anistia Internacional que denuncia as empresas de turismo Airbnb, Tripadvisor, Booking e Expedia de promover "violações de direitos humanos" ao incluir em suas ofertas imóveis em colônias judaicas que estão em território palestino ocupado.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou o relatório como "tendencioso e hostil" e afirmou que seria melhor que a organização focasse nas violações ocorridas no Irã e na Síria.
Um oficial da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) elogiou a denúncia da Anistia Internacional em entrevista à Agência Efe e pediu para os governos dos demais países para publicar guias para seus cidadãos e empresas não sejam cúmplices da ocupação.
A Anistia Internacional considera que as empresas citadas no relatório estão "alimentando" a ocupação israelense sobre o território palestino. Para a ONG, as empresas de hospedagem estão "levando o turismo" para as colônias ilegais, contribuindo para que elas continuem existindo e até se expandam no futuro.
Segundo a Anistia Internacional, Israel usa a indústria turística como uma forma de legitimar a existência das colônias e pede que as empresas retirem das plataformas os imóveis nos assentamentos.
Em novembro do ano passado, a Airbnb anunciou a retirada dos imóveis cadastrados na plataforma da empresa que ficavam nos territórios ocupados, gerando muita polêmica em Israel, mas, segundo a Anistia Internacional, ainda há centenas de anúncios de locais para alugar em Jerusalém Oriental.
A resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 2016, considera que os assentamentos em território ocupado violam o direito internacional. EFE
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