Jornalista da "Rede Record" espera que prêmio exponha problemas do Brasil
São Paulo, 31 jan (EFE).- O jornalista brasileiro Marcelo Magalhães, um dos integrantes da equipe da "Rede Record" que venceu a categoria televisão do Prêmio Rei da Espanha com a reportagem "Piratas da Amazônia", espera que o reconhecimento sirva para mostrar internacionalmente problemas que afetam o Brasil.
A reportagem traz detalhes inéditos sobre o sequestro de um casal de americanos na Amazônia em 2017, caso noticiado em todo o mundo, e mostra como grupos de piratas atuam na região, impondo uma rotina de medo aos moradores.
"Sem desmerecer o caso absurdo que ocorreu com os americanos, nos preocupamos com as comunidades ribeirinhas que sofrem com a ação dos piratas. Sofreram igual aos americanos, mas não podem deixar essa região", disse Magalhães em entrevista à Agência Efe.
Editor do Núcleo de Reportagens Especiais da "Record" em São Paulo, Magalhães ressaltou que o prêmio deve ser compartilhado com toda a equipe que participou da produção de "Piratas da Amazônia". Ele também destacou o trabalho do jornalista Daniel Motta, que atuou na produção, na pesquisa e na gravação de imagens feitas no Pará.
"Era muito perigoso, porque era um reduto dos piratas", explicou Motta, que ressaltou a dificuldade de trabalhar na Amazônia.
Os membros do júri do Prêmio Rei da Espanha avaliaram a qualidade "extraordinária" e a estrutura "excelente" de um trabalho "louvável". Além disso, destacaram a dificuldade de obter os depoimentos em vídeo e a fotografia "extraordinária, muito atenta aos detalhes, com planos muito expressivos".
"Estamos representando a qualidade do jornalismo do Brasil", afirmou Motta.
Para Magalhães, o prêmio chega em um momento triste para o país devido à tragédia do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), que deixou até o momento 99 mortos e 259 desaparecidos.
"Espero que, com esse prêmio, o jornalismo possa jogar luz aos problemas que ainda maltratam o nosso país", concluiu Magalhães.
O prêmio para reportagem de Televisão é de 6 mil euros e uma escultura de bronze do artista Joaquín Vaquero Turcios.
Os Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha são oferecidos pela Agencia Efe e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), com o patrocínio do Grupo Suez. EFE
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