Paris exige libertação de jornalistas franceses detidos na Venezuela
Paris, 31 jan (EFE).- O governo da França exigiu nesta quinta-feira a libertação dos jornalistas Pierre Caillet e Baptiste des Monstiers, do programa de televisão "Quotidien", que foram detidos na terça-feira na Venezuela enquanto cobriam a crise no país sul-americano.
"Estamos em contato com as autoridades venezuelanas desde o instante em que nossos compatriotas foram detidos. Exigimos sua libertação e fazemos todo o possível para obtê-la no menor tempo possível", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores francês em declaração à imprensa.
Os responsáveis pelo perfil no Twitter do programa "Quotidien", que é exibido na emissora "TMC", anunciaram ontem na rede social que os dois jornalistas de sua equipe que tinham viajado à Venezuela para cobrir a crise no país foram detidos enquanto gravavam em frente ao Palácio Presidencial de Miraflores, em Caracas.
"É melhor não dizer nada para não piorar sua situação. Nossos pensamentos estão com eles", acrescentaram os responsáveis pelo perfil do programa na rede social.
A embaixada da França na Venezuela pediu às autoridades locais proteção consular para os dois jornalistas.
Após a detenção ontem de três jornalistas da Agencia Efe em Caracas, o secretário-geral da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Christophe Deloire, disse hoje que as prisões são "extremamente inquietantes" e denunciou as "detenções arbitrárias" do governo de Nicolás Maduro.
Em declarações à Efe, Deloire lembrou que tanto os jornalistas da Efe como os dois franceses "não são representantes dos governos espanhol e francês e não devem ser atores ou vítimas da crise política".
O presidente da França, Emmanuel Macron, vem subindo o tom em seus discursos relativos ao governo Maduro e, no último sábado, ele afirmou que, caso que não aconteçam eleições na Venezuela em "oito dias", seu país está disposto a reconhecer o líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como presidente. EFE
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