Araújo afirma que Maduro já não é mais presidente da Venezuela
Brasília, 1 fev (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta sexta-feira que Nicolás Maduro já não é mais o presidente da Venezuela, um posto ocupado pelo deputado opositor Juan Guaidó, que, segundo o chanceler, levará o país a realizar eleições realmente livres.
Em entrevista coletiva concedida hoje, Araújo disse que hoje existe um panorama para "mudar a realidade de um país vítima de uma tirania". E, apesar de admitir que a situação ainda não "está inteiramente definida a favor da democracia", ressaltou que é preciso seguir lutando ao lado dos venezuelanos.
O ministro confirmou que participará na próxima segunda-feira de uma reunião que o Grupo de Lima realizará no Canadá para analisar a situação na Venezuela. Para ele, o encontro servirá para alinhar alguns aspectos da cooperação com a Venezuela, sobretudo no pedido de ajuda humanitária feito pela Assembleia Nacional.
Na avaliação do chanceler, a crise só chegará ao fim na Venezuela quando houve uma substituição completa do regime de Maduro.
Araújo espera que Maduro não impeça a entrada dessa ajuda humanitária solicitada pela Assembleia Nacional, controlada pela oposição, e anunciada para os primeiros dias de fevereiro.
Segundo o ministro, o Brasil está discutindo a logística da operação de entrega dessa ajuda - composta, sobretudo, de remédios e alimentos. Em discussões com os outros países, será definido como os produtos entrarão na Venezuela e como serão distribuídos.
"A Colômbia é, junto com o Brasil, uma das possíveis passagens pela qual essa ajuda poderia transitar, mas, na logística, há algumas dificuldades maiores que imaginávamos", afirmou.
O chanceler também falou sobre as medidas anunciadas por México e Uruguai para tentar solucionar a crise de forma negociada. Para Araújo, as ações podem ser úteis, mas desde que não deem oxigênio para que o regime de Maduro respire por mais "dois ou três meses".
Araújo considera que a pressão internacional é fundamental para que Maduro entenda que deve deixar o poder e também para convencer os militares que seguem fiéis ao governo que eles agora devem ser leais a Guaidó, o presidente legítimo da Venezuela.
Na entrevista, o ministro disse que, há um mês, parecia não haver perspectiva concreta para o fim da ditadura na Venezuela. E, avaliou que a eleição de Jair Bolsonaro foi um dos fatores que contribuiu para a mudança da situação no país vizinho.
"Hoje temos uma perspectiva concreta de ver a Venezuela livre de uma terrível tirania esquerdista", afirmou Araújo.
Segundo chanceler, uma vez restabelecida a democracia na Venezuela, os próximos passos seriam recuperar a economia do país vizinho e readmiti-lo no Mercosul, bloco do qual o regime de Maduro foi suspenso no ano passado. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.