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Duque anuncia recompensa de até US$ 1,2 milhão por líderes do ELN

01/02/2019 01h19

Bogotá, 31 jan (EFE).- O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta quinta-feira uma recompensa de até 4 bilhões de pesos (cerca de US$ 1,2 milhão) a quem fornecer informações que permitam a captura de três dos cinco líderes da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).

"Hoje está sendo lançada uma campanha onde serão oferecidos 4 bilhões de pesos pelos criminosos conhecidos como 'Gabino', 'Pablito' e 'Antonio García', do grupo ELN", manifestou Duque, após um conselho de segurança que liderou no departamento de Chocó, fronteira com o Panamá.

Gustavo Aníbal Giraldo Quinchía, conhecido como "Pablito"; Eliecer Herlinto Chamorro Acosta, conhecido como "Antonio García", e Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido como "Gabino", líder do ELN, compõem o Comando Central (COCE) daquela guerrilha.

A linha máxima de comando do ELN também é composta por Israel Ramírez, conhecido como "Pablo Beltrán", e Rafael Sierra Granados, o "Ramiro Vargas".

O ELN cometeu no dia 17 de janeiro um atentado com um carro-bomba contra a Escola de Cadetes de Polícia em Bogotá, que deixou 21 mortos, além do motorista do veículo, e mais 67 feridos.

A recompensa, segundo Duque, faz parte da estratégia do governo colombiano para combater os grupos criminosos acusados de assassinar líderes sociais e defensores dos direitos humanos.

Segundo dados da Defensoria do Povo colombiana, no ano passado, 172 pessoas dessa população foram assassinadas.

"Com base em nossa tarefa de derrotar essas estruturas criminosas e proteger nossos líderes sociais, uma campanha é lançada hoje para tornar esses criminosos visíveis e vamos fazê-lo com uma nova política de recompensas lançada pelo Ministério da Defesa, integrando toda a força pública", afirmou Duque.

Da mesmo forma, o presidente explicou que serão entregues até 3 bilhões de pesos (cerca de US$ 966 mil) para obter informações que levem até Dario Antonio Úsuga David, conhecido como "Otoniel", líder do Clã do Golfo.

O clã é um grupo criminoso surgido da desmobilização das paramilitares Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) em 2006.

Além disso, também foram oferecidos até 2 bilhões de pesos (cerca de US$ 644 mil) por informações sobre o paradeiro de Miguel Botache, conhecido como "Gentis Duarte", e Luis Antonio Quiceno, conhecido como "Pácora", líderes dos Pelusos, um reduto do Exército Popular de Libertação (EPL).

As autoridades também entregarão até 500 milhões de pesos (cerca de US$ 161 mil) como recompensa por informação sobre outros 28 criminosos. EFE