Merkel afirma que solução para Venezuela passa por "eleições livres"
Berlim, 1 fev (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta sexta-feira que a solução para a crise da Venezuela passa por "eleições livres", uma condição que, na sua opinião, não foi cumprida no último pleito presidencial sob o presidente Nicolás Maduro.
"Não queremos uma escalada no conflito" no país, afirmou a líder alemã, em um comparecimento conjunto com o primeiro-ministro da República da Armênia, Nikol Pashinyan, que faz uma visita oficial à Alemanha.
Merkel se mostrou convencida de que "os venezuelanos devem poder se pronunciar livremente" sobre como será seu futuro político, e para isto é necessária a realização de eleições "nas devidas condições".
Em seguida, a chanceler se referiu aos esforços "diplomáticos" que estão sendo realizados em escala europeia para contribuir para que isso seja possível.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, insistiu hoje em um encontro de rotina com os veículos de imprensa que o objetivo da Alemanha é "ajudar a aliviar a situação dramática" da população do país latino-americano, e não promover uma mudança "de regime".
"Nosso interesse e o de nossos sócios da UE é aliviar a dramática situação da população da Venezuela", afirmou Seibert, que acrescentou que é necessário um "saneamento econômico" do país para que isso aconteça.
Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores descartou que a Alemanha esteja buscando uma mudança "de regime" e disse que o que se pretende é "possibilitar um processo político" e "restituir a normalidade democrática".
Por outro lado, o porta-voz do ministério não quis confirmar qual será o papel da Alemanha no grupo de contato entre países europeus e latino-americanos, com um mandato de 90 dias, para "acompanhar" o processo.
A responsável de política externa da União Europeia, a italiana Federica Mogherini, anunciou ontem em Bucareste (Romênia), onde aconteceu uma reunião informal de ministros das Relações Exteriores dos países do bloco, a criação do grupo de contato.
O objetivo do mesmo é, segundo Mogherini, "acompanhar a Venezuela" para se chegar a uma saída democrática para a crise no país mediante a realização de eleições presidenciais.
Segundo a representante de Relações Exteriores da UE, o grupo será formado pelo bloco europeu, por alguns de seus países-membros, como França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suécia, enquanto na parte latino-americana estão Equador, Costa Rica, Uruguai e Bolívia. EFE
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