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Rei emérito belga recorre de decisão para evitar teste de DNA

01/02/2019 14h32

Bruxelas, 1 fev (EFE).- O rei emérito da Bélgica, Alberto II, obrigado pela Justiça a realizar um teste de DNA para comprovar se é pai da artista Delphine Boël, recorreu desta decisão, informou nesta sexta-feira seu advogado à emissora pública "RTBF".

"Vossa majestade, o rei Alberto II, não se submeterá a uma análise de DNA enquanto o Tribunal de Apelações não emitir sua decisão", indicou em comunicado a defesa do que ex-monarca da Bélgica de 1993 até 2013.

O Tribunal de Apelações de Bruxelas ordenou ao antigo monarca, de 84 anos, a realizar um teste de DNA para comprovar se Delphine é sua legítima filha com Sybille de Selys Longchamps.

A sentença foi revelada após a confirmação de que Jacques Boël, o pai legal de Delphine, não é seu progenitor biológico.

Delphine apresentou sua primeira demanda de teste de paternidade a Alberto II em 2013.

A existência de Delphine foi revelada em 1999 como consequência da publicação de uma biografia não-autorizada da rainha Paola.

Quando a baronesa De Selys Longchamp rompeu o silêncio e detalhou a relação que manteve durante anos com o então rei, afirmou também que Alberto II e a rainha Paola estiveram em duas ocasiões à beira do divórcio, em 1969 e 1976, e além disso divulgou fotografias de uma jovem Delphine junto ao então monarca.

Alberto II reconheceu em entrevista concedida à emissora "RTL" em junho de 2014, apenas meses depois da explosão do caso, que seu casamento com Paola passou por momentos difíceis, mas nunca reconheceu a paternidade de Boël. EFE