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Rússia critica interferência na Venezuela a embaixadores latino-americanos

01/02/2019 15h55

Moscou, 1 fev (EFE).- O governo da Rússia reiterou nesta sexta-feira diante de embaixadores da América Latina e do Caribe a sua rejeição à "interferência externa destrutiva" na Venezuela, após o apoio dos Estados Unidos e vários outros países ao autoproclamado presidente em exercício do país, Juan Guaidó.

O diretor do Departamento de América Latina do Ministério das Relações Exteriores russo, Aleksandr Schetinin, se reuniu com os diplomatas no marco de uma "troca regular de pontos de vistas sobre assuntos internacionais e regionais", embora a conversa tenha se centrado na situação na Venezuela.

O governo russo aproveitou a reunião para reiterar a uma série de parceiros latino-americanos credenciados no Kremlin que "considera inadmissível a interferência destrutiva externa, especialmente se é pela força, nos assuntos da Venezuela", indicou o departamento dirigido por Sergei Lavrov em comunicado.

Schetinin rejeitou, além disso, "a pressão por meio de sanções" contra a Venezuela, como as que os EUA impuseram contra a companhia petrolífera estatal PDVSA, e defendeu a importância de que o país resolva seus problemas através de um "diálogo pacífico e interno".

A crise política na Venezuela se agravou no último dia 23 de janeiro quando Guaidó, dirigente do parlamento opositor, se autoproclamou "presidente em exercício" do país por considerar que os pleitos que reelegeram Nicolás Maduro em maio do ano passado foram fraudulentos.

Guaidó recebeu o apoio imediato de Estados Unidos, Canadá e do Grupo de Lima, integrado por uma dúzia de países latino-americanos, enquanto Maduro conta com o apoio da Rússia e da China, além de Bolívia, Nicarágua e Cuba.

Por sua vez, México e Uruguai, que mantêm uma postura neutra, assim como a União Europeia, tentam lançar processos para resolver a crise na Venezuela. EFE