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Ativistas protestam pela morte de golfinhos em centro de atrações nos EUA

02/02/2019 22h56

Phoenix (EUA), 2 fev (EFE).- Ativistas defensores dos animais protestaram neste sábado do lado de fora de um delfinário no Arizona, nos Estados Unidos, no qual morreram quatro golfinhos nos últimos 16 meses, uma circunstância que colocou o centro de atrações sob investigação federal.

O protesto ocorreu no mesmo dia em que a empresa Dolphin Quest, que empresta alguns golfinhos ao Dolphinaris Arizona, o centro de atrações onde morreram os animais, anunciou que estava encerrando seu contrato com o mesmo.

Com cartazes com mensagens como "O cativeiro mata", "Não queremos golfinhos no deserto", "A crueldade não é um entretenimento", os manifestantes pediram que os quatro golfinhos que ainda estão no Dolphinaris Arizona sejam enviados o mais rápido possível para um santuário marinho.

"Sempre soubemos que o deserto não é um lugar para os golfinhos, estes animais estão sendo explorados até a morte", disse à Agência Efe Christina Johnson, uma das manifestantes.

O Serviço de Inspeção de Saúde de Animais e Plantas, vinculado ao Departamento de Agricultura dos EUA, disse ontem que está "trabalhando no próximo passo a ser seguido" após os fatos ocorridos no delfinário.

Já a Dolphin Quest informou hoje em um comunicado de imprensa que estava encerrando seu contrato com o delfinário e que estava avaliando o que acontecerá com dois de seus golfinhos que permanecem no centro.

O centro de atrações Dolphinaris Arizona, que fica na cidade de Scottsdale, começou suas operações em outubro de 2016 com oito animais, quatro dos quais faleceram.

A morte mais recente ocorreu na última quinta-feira, quando a equipe do centro constatou que Kai, de 22 anos de idade, teria que ser sacrificado após ficar gravemente doente por duas semanas.

"Reconhecemos que perder quatro golfinhos no último ano e meio não é normal", disse Christian Schaeffer, administrador do delfinário em comunicado de imprensa.

Schaeffer assinalou que o centro está tomando todas as medidas para garantir que os animais tenham uma boa qualidade de vida, uma promessa considerada insuficiente para os defensores dos animais.

"O principal problema é que o deserto não é um lugar para os golfinhos, eles não podem viver em um tanque de concreto perto de uma rodovia interestadual", disse Jeannette McCourt, ativista do grupo Dolphin Free Az, que organizou o protesto.

A morte de Kai aconteceu um mês depois do falecimento de outro animal, Khloe, de 11 anos de idade, devido às complicações provocadas por um parasita.

Alia, de 10 anos, morreu em maio deste ano de uma infecção bacteriana e, pouco depois, Bodie faleceu de uma doença muscular rara, quando tinha sete anos.

Todos eles eram golfinhos nariz de garrafa, uma espécie que pode viver entre 30 a 40 anos em seu hábitat natural e está entre as mais populares. EFE