Governo do RCA e grupos armados fecham acordo de paz em Cartum
Cartum, 2 fev (EFE).- O governo da República Centro-Africana (RCA) e 14 grupos armados chegaram a um acordo de paz, que será assinado amanhã em Cartum e formalizado num ato em Bangui, no marco de uma rodada de contatos apoiada pela União Africana (UA) e pela Organização das Nações Unidas (ONU).
"Anuncio com humildade que finalizamos um acordo de paz em Cartum, permitindo ao povo centro-africano se incluir no caminho da reconciliação, da concórdia e do desenvolvimento. Hoje é um grande dia para a República Centro-Africana e para todo o povo centro-africano", disse o comissário da UA para Paz e Segurança, Smail Chergui, em Cartum.
Ele agradeceu o envolvimento das partes e a "colaboração exemplar" e pediu para que "todos os centro-africanos apoiem o acordo".
No Twitter, a governo da República Centro-Africana indicou que "foi possível um acordo de paz", que será "assinado amanhã e o seu ato de assinatura" deve acontecer em Bangui "em poucos dias", mas não deu mais detalhes.
No último dia 24, as conversas para conseguir um acordo entre as partes em conflito e pôr fim à crise que o país atravessa começaram em Cartum. Representantes da UA, da ONU, da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Rússia intermediaram novamente o processo, depois da primeira rodada realizada em agosto na capital do Sudão.
Em 10 de janeiro, o chefe de operações de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, pediu em Bangui que os atores internacionais garantissem que 2019 fosse "o ano da paz" para o país.
Em 19 de junho do ano passado, o governo e 13 dos 14 grupos armados em atividade no país assinaram um acordo de paz que incluía um cessar-fogo e a representação política das milícias, mas no dia seguinte novos combates deixaram 100 mortos.
A eleição de Faustin Archange Touadéra em fevereiro de 2016 como presidente deveria abrir uma nova etapa para a República Centro-Africana, que no entanto ainda tem muitos problemas para controlar os grupos rebeldes em zonas afastadas da capital. O país vive um complicado processo de transição desde 2013, quando rebeldes Selekas derrubaram o presidente François Bozizé, gerando uma onda de violência sectária entre muçulmanos e cristãos. Milhares de pessoas morreram e cerca de 1 milhão de cidadãos deixaram as suas casas. EFE
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