Topo

Guaidó defende "relação produtiva e de benefício mútuo" com a China

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, durante um protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas - CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, durante um protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas Imagem: CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS

02/02/2019 09h54

Pequim, 2 jan (EFE).- O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, defendeu uma relação "produtiva e de benefício mútuo" com a China em entrevista ao jornal de Hong Kong "South China Morning Post" publicada neste sábado.

"O apoio da China será muito importante para impulsionar a economia e o futuro desenvolvimento do nosso país", disse Guaidó.

Segundo o líder da Assembleia Nacional venezuelana, "a China viu de perto o saque de nossos recursos estatais por parte do governo de (Nicolás) Maduro. Seus projetos de desenvolvimento na Venezuela foram igualmente afetados, e estão falhando pela corrupção governamental".

O jornal ressaltou que a China emprestou à Venezuela cerca de US$ 50 bilhões na última década, uma dívida que preocupa Pequim dadas as atuais circunstâncias do país caribenho.

A este respeito, Guaidó afirmou que, caso ele assuma o comando do país, "todos os acordos assinados com a China seguindo a lei serão respeitados", mas destacou que só será assim se "os acordos prévios foram assinados aderindo ao curso correto de aprovação da Assembleia Nacional".

"A China desempenha um papel importante pela sua capacidade e flexibilidade como parceiro comercial", apontou.

No último dia 24, a Chancelaria chinesa mostrou seu apoio a Nicolás Maduro, aliado da China, e criticou a "intrusão em assuntos internos" da Venezuela por parte dos Estados Unidos.

No entanto, ontem o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que Pequim "está mantendo contatos próximos com todas as partes" do conflito venezuelano "através de vários canais". EFE