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Jordânia aceita sediar nova reunião sobre troca de prisioneiros do Iêmen

02/02/2019 09h12

Amã, 2 fev (EFE).- A Jordânia aceitou neste sábado sediar uma nova reunião patrocinada pela ONU que será realizada na semana que vem entre os representantes do governo do Iêmen e a delegação do movimento rebelde houthi sobre o acordo de troca de prisioneiros, pactuado nas últimas consultas de paz na Suécia.

"A aprovação da Jordânia segue na linha de apoiar todos os esforços para dar fim à crise iemenita e encontrar uma solução política", indicou em comunicado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, Sufian al Qudah.

Qudah afirmou que o encontro acontecerá na semana que vem, mas não informou a data exata em que será realizada a reunião técnica entre as partes beligerantes, mediada pelo enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, e que entra no quadro dos acordos pactuados na última rodada de contatos na Suécia, em dezembro do ano passado.

No último dia 18 foi realizada a primeira reunião sobre o tema em Amã, na qual foi elaborado um calendário para a troca, que será realizada com o apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), de cerca de 16 mil prisioneiros de guerra.

Há dois dias a coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, anunciou que entregava sete prisioneiros houthis em troca de um preso saudita doente, processo que foi supervisionado pelo CICV.

A respeito, Griffiths expressou seu entusiasmo por este "espírito positivo das duas partes" e desejou que este primeiro passo "dê um impulso para a implementação rápida do acordo de troca de prisioneiros".

No entanto, o governo iemenita e os houthis se acusam mutuamente de alterar nos dados proporcionados em suas respectivas listas de prisioneiros.

O conflito armado no Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, ocuparam Sana e outras províncias do país.

A disputa se agravou em 2015 com a intervenção da coalizão militar integrada por países sunitas a favor das forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi. EFE