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Empregados da Cruz Vermelha de Burkina Faso desaparecem em aparente sequestro

03/02/2019 20h52

Ouagadougou, 3 fev (EFE).- A Cruz Vermelha de Burkina Faso informou neste domingo que quatro funcionários da instituição desapareceram ontem em um aparente sequestro ocorrido no norte do país, uma região onde costuma ocorrer ataques atribuídos a jihadistas.

A equipe desapareceu horas depois de sair ontem de manhã da cidade de Kaya para uma missão humanitária na cidade de Djibo, na província de Soum, a 45 quilômetros da fronteira com o Mali.

"O papel da Cruz Vermelha burquinense sempre foi salvar vidas em tempos de paz e em emergências com neutralidade e imparcialidade. A Cruz Vermelha espera que os diversos atores, com todo o conhecimento que têm da sua ação humanitária, trabalhem para que os empregados possam rever famílias e colegas", afirmou em comunicado o secretário-geral da instituição, Lazare Zoungrana.

Embora a Cruz Vermelha não tenha detalhado o caso, o portal de notícias "Ouaga24" informou que a equipe foi "sequestrada" no sábado por "indivíduos armados não identificados". As autoridades ainda não se pronunciaram publicamente sobre o ocorrido.

A província de Soum está em um dos sete territórios onde o governo de Burkina Faso decretou o estado de emergência em 31 de dezembro, após uma série de supostos ataques terroristas cometidos em áreas próximas ao Mali.

Desde 2015, o país vive uma intensificação das ações terroristas, muitas delas cometidas em lugares próximos à fronteira com o Mali. Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, junto com Mali, Mauritânia, Níger e Chade, grupo que combate o terrorismo jihadista na região. EFE