Moscou rejeita "ultimato" da União Europeia a Maduro
Moscou, 4 fev (EFE).- A Rússia anunciou nesta segunda-feira que rejeita o ultimato dado pelos países europeus ao líder venezuelano, Nicolás Maduro, para que convoque eleições, e disse que apoiará a iniciativa de mediação do México e do Uruguai para solucionar a crise na Venezuela, frente ao grupo de contato da União Europeia (UE).
"Continuaremos defendendo o direito internacional, apoiando as iniciativas apresentadas por alguns países latino-americanos, como o México e o Uruguai, que apontam para a criação de condições para o diálogo nacional com participação de todas as forças políticas da Venezuela", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O chefe da diplomacia russa comentou também a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse ontem que o envio de militares à Venezuela é "uma opção", ao afirmar que essas palavras "atentam" contra as bases do direito internacional.
Neste sentido, criticou a postura dos países europeus, que seguindo a linha de Washington, começaram a fazer ultimatos ao governo de Maduro.
"Infelizmente, a Europa e não a América Latina impõe agora (à Venezuela) um formato de mediação internacional", no qual os participantes foram selecionados por critérios que Moscou desconhece, prosseguiu o diplomata ao falar do grupo de contato proposto por alguns países europeus.
"A UE propôs criar um grupo de contato no qual incluiu oito ou dez membros (do bloco) e um número similar de países latino-americanos. E ninguém conhece os critérios pelos quais foram guiados", acrescentou Lavrov, enquanto destacou que nem a Rússia, nem países como EUA e China, receberam convites para se somarem a essa iniciativa.
Além disso, criticou o fato de o grupo de contato ser formado na sua maioria pelas nações que se somaram ao ultimato dado a Maduro para convocar novas eleições e que expira hoje.
"Ou seja, hoje os mediadores devem reconhecer o rival" de Maduro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país, acrescentou Lavrov. EFE
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