Reino Unido reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela
Londres, 4 fev (EFE).- O governo do Reino Unido reconheceu nesta segunda-feira Juan Guaidó como "presidente constitucional interino" da Venezuela até que novas eleições sejam convocadas.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, revelou a decisão no Twitter, depois de constatar que o atual presidente, Nicolás Maduro, "não convocou eleições no prazo de oito dias que estabelecemos".
"Portanto, o Reino Unido, junto com os aliados europeus, agora reconhece @jguaido como presidente constitucional interino, até que possam ser realizadas eleições críveis", afirmou o chefe do Foreign Office.
Hunt desejou que o reconhecimento de Guaidó permita "pôr fim à crise humanitária".
Na quinta-feira, foi informado que Hunt tinha falado com o autoproclamado presidente interino para dizer que o Reino Unido cumprimenta sua "coragem" para defender as instituições de seu país e se comprometeu com ele a pressionar Maduro, sem descartar sanções contra "os corruptos" na Venezuela.
Essa posição foi criticada pelo líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, que condenou a "interferência exterior" na Venezuela e pediu "diálogo" para solucionar a crise aberta no país latino-americano.
Por outro lado, a chamada Campanha de Solidariedade com a Venezuela, fundada em 2005 com apoio de deputados trabalhistas e sindicatos, convocou uma concentração na quinta-feira diante do Banco da Inglaterra para condenar a não entrega do ouro ao país latino-americano.
"O Banco da Inglaterra retém o equivalente a US$ 1,3 bilhão (31 toneladas) de ouro venezuelano e se nega a entregá-lo à Venezuela, em linha com o apoio do Governo do Reino Unido à agenda ilegal dos Estados Unidos de mudar o regime" nesse país, afirma a organização em comunicado.
Participarão do ato, entre outros, o deputado trabalhista Chris Williamson, aponta a nota.
Além deste país, a Áustria anunciou nesta segunda-feira seu reconhecimento a Guaidó como presidente interino do Governo da Venezuela.
O chanceler federal, o democrata-cristão Sebastian Kurz, afirmou em mensagem enviada pela rede social Twitter que "o regime de#Maduro se negou até o momento a aceitar eleições presidenciais livres e justas".
"Por este motivo, consideramos desde este momento o Presidente @jguaido como Presidente interino legítimo conforme com a Constituição venezuelana", acrescenta.
"Conta com nosso pleno apoio nos seus esforços para restabelecer a democracia na #Venezuela, que sofre há muito tempo com a má gestão socialista e uma ausência de Estado de direito", concluiu Kurz na sua mensagem.EFE
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