Constituinte da Venezuela designa comissão de consulta para legislativas
Caracas, 5 fev (EFE).- O presidente da governista Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela (ANC), Diosdado Cabello, designou nesta terça-feira uma comissão para que realize uma consulta à população para definir a convocação de eleições legislativas, a fim de substituir o atual parlamento de maioria opositora.
"(Foi designada) uma comissão constitucional para a consulta (...) sobre as eleições parlamentares, isto é rápido, tem que ser muito rápido também. O único poder que está estabelecido nesta Constituição que não foi relegitimado por esta ANC é o Poder Legislativo", disse Cabello na sessão deste fórum.
O governante venezuelano, Nicolás Maduro, tinha antecipado no sábado que a Constituinte pretende "antecipar" as eleições parlamentares para este ano a fim de fazer frente à "crise" que diz existir no Legislativo "burguês" e anunciou que apoia esta ideia.
As eleições legislativas na Venezuela, de acordo com a Constituição, são realizadas a cada cinco anos, razão pela qual, segundo a norma, deveriam acontecer em dezembro do próximo ano.
No entanto, se essa convocação for efetuada, não seria a primeira vez que a Constituinte, não reconhecida pela oposição e vários governos do mundo, promove eleições, uma vez que foi a encarregada de convocar os últimos processos eleitorais, entre eles os regionais, municipais e presidenciais.
A comissão estará liderada pelo constituinte Darío Vivas, um dos mais radicais dentro do chavismo e que preside a Comissão de Participação Popular.
Além disso, estará integrada pelos vice-presidentes das demais comissões que formam este fórum.
Cabello, considerado o segundo em comando do chavismo, foi insistente em pedir que a consulta seja realizada "o mais rápido possível".
"Isto não deveria ser nenhum problema porque aqui já fizemos eleições para governadores, prefeitos (...) e escutamos que a oposição pediu eleições. Acredito que é uma forma de satisfazer à oposição", declarou Cabello.
A oposição venezuelana, no entanto, exige a realização de eleições presidenciais "livres" e "justas", pois consideram uma fraude o processo eleitoral realizado de maio do ano passado pelo que reelegeu Maduro. EFE
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