Segundo discurso de Trump sobre Estado da União gera expectativa no Congresso
Washington, 5 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacará as conquistas de seus dois anos de governo e elencará as prioridades para a segunda metade de seu mandato nesta terça-feira em discurso sobre o Estado da União, tradicional evento anual que está gerando grande expectativa no Congresso.
Realizado normalmente na primeira semana do ano, o discurso do Estado da União, que começará às 21h locais (0h de quarta-feira em Brasília) foi adiado devido à paralisação parcial que afetou o governo americano, o mais longo da história do país.
Um funcionário do alto escalão da Casa Branca antecipou em entrevista coletiva que o discurso girará em torno do novo "bordão" adotado pelo governo: "Choosing Greatness" (Escolhendo a Grandeza). A frase lembra o já famoso "Make America Great Again" (Tornar os Estados Unidos grandes de novo) da campanha eleitoral de 2016.
A lista de convidados dá pistas dos assuntos que Trump irá abordar no discurso e sugere que um dos focos será a luta contra a imigração ilegal. Mas ainda não se sabe se o presidente usará o palanque do Congresso para declarar estado de emergência na fronteira com o México, hipótese que gera expectativa em Washington.
A medida é avaliada há meses pela Casa Branca e vista como uma das alternativas para que Trump obtenha os US$ 5,7 bilhões necessários para a construção do muro na fronteira com o México sem precisar do aval do Congresso.
Entre os convidados de Trump estão a filha, a neta e a bisneta de Gerald e Sharon David, assassinados em janeiro, dentro da casa da família em Rena, no estado de Navada, por um imigrante ilegal.
Trump também convidou Matthew Charles, que, após 22 anos da prisão por tráfico de drogas, se tornou o primeiro detento beneficiado pela reforma penal aprovada pelo novo governo. Por esse motivo, a expectativa é que o presidente também aborde o assunto.
Além disso, outro dos convidados é Judah Samet, sobrevivente do Holocausto e de um ataque contra uma sinagoga em Pittsburgh, na Pensilvânia, que deixou 11 mortos em outubro do ano passado.
Outros dos assuntos que devem constar no discurso é a crise dos opioides, que deixa cerca de 200 mortos por dia no país, já que entre os convidados está Ashley Evans, que se recuperou da dependência recentemente e comemorou um ano sem usar a droga.
Trump também pode antecipar no discurso, que tradicionalmente dura cerca de uma hora, a data de seu segundo encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Segundo o antecipado pela Casa Branca, o presidente destacará, além disso, os acordos que tenta fazer para equilibrar o déficit comercial, o aumento das despesas em infraestrutura, a redução dos custos para o acesso à saúde e as políticas militar e diplomática desenvolvidas pelo governo americano nesses dois anos.
Todos consideram como certa uma referência à crise na Venezuela devido ao reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino do país por parte da Casa Branca há duas semanas. EFE
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