EUA tentam acalmar seus aliados no início da cúpula contra o EI
Washington, 6 fev (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, iniciou nesta quarta-feira a cúpula da coalizão contra o Estado Islâmico (EI) com um discurso destinado a acalmar seus aliados, aos quais afirmou que a retirada das tropas americanas da Síria é só uma mudança "tática" e não o fim da luta contra os jihadistas.
Diante dos 79 membros da coalizão, Pompeo disse que a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de ordenar a saída dos 2 mil soldados americanos desdobrados na Síria "não é o fim da luta" contra os terroristas do EI.
"A retirada das tropas não é o fim da luta dos EUA. Continuaremos a luta junto a vocês. A retirada das tropas é essencialmente uma mudança tática, não é uma mudança na missão. Não muda a estrutura, o projeto e as autoridades sobre as quais esta campanha tem se baseado", afirmou Pompeo.
"Simplesmente representa uma nova fase em uma velha luta. A saída será bem coordenada e nossos aliados políticos na Síria não mudaram", acrescentou.
A ordem que Trump deu em dezembro para a saída de tropas da Síria provocou a renúncia do general James Mattis como secretário de Defesa, assim como do enviado especial dos EUA para a coalizão, Brett McGurk, considerado o "elo" que mantinha a aliança unida.
Ambos consideravam que a saída da Síria prejudicaria o sistema de alianças dos EUA no mundo e especificamente representaria um revés para os curdos, os principais aliados da coalizão na Síria.
Em seu discurso, Pompeo insistiu que a coalizão deve se adaptar à natureza da guerra contra o jihadismo, que se tornou mais "descentralizada" com redes por todo o mundo.
"A natureza da luta mudou e todos nós devemos fortalecer nossa capacidade de compartilhar inteligência com cada um de nós. Nesta nova era, as polícias locais e a troca de informações serão cruciais na nossa luta, que não tem por que ter sempre uma liderança militar", acrescentou.
Pompeo pronunciou seu discurso inaugural no Departamento de Estado diante dos membros da coalizão, formada por 75 países e quatro organizações internacionais, entre elas a União Europeia (UE), a Interpol e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). EFE
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