Governo da RCA e 14 grupos rebeldes formalizam acordo de paz em Bangui
Bangui, 6 fev (EFE).- O governo da República Centro-Africana (RCA) e 14 grupos rebeldes armados formalizaram nesta quarta-feira em Bangui a assinatura do acordo de paz que deve acabar, se for respeitado, com a violência que grande parte do país vive há mais de cinco anos.
Os envolvidos prometeram cumprir as determinações do texto, cujo conteúdo ainda não foi publicado de forma oficial, para poder trazer a paz definitiva ao país.
Entre os pontos mais importantes das negociações estão o compromisso do governo de não perseguir judicialmente líderes rebeldes e o acordo para formar um Executivo de união nacional com representação dos grupos armados, conforme constatou a Agência Efe antes de o acordo ser rubricado. Além disso, incluiria a criação de um fundo de indenização para as vítimas e de uma brigada mista para patrulhar zonas ocupadas pelos rebeldes, com presença das forças armadas e da missão da ONU no país, a Minusca.
O acordo foi assinado ontem pela ministra da Defesa da República Centro-Africana, Marie-Noëlle Koyara, e por representantes dos grupos rebeldes, em cerimônia em Cartum (Sudão) na presença do presidente do país, Faustin Archange Touadéra, e tinha que ser referendado de forma oficial hoje na capital do país.
As conversas de paz começaram 24 de janeiro, em Cartum, com mediação da União Africana, da ONU e da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC). No sábado passado, as partes anunciaram que chegaram a um acordo.
Este acordo de paz é visto pela população como a última chance para sair da crise definitiva, já que pela primeira vez os principais líderes dos grupos rebeldes e o governo conseguiram se reunir. Mas ainda existem dúvidas sobre se ele será respeitado e ajudará no desarmamento dos grupos rebeldes, já que acordos anteriores terminaram sem qualquer respeito e em confrontos com mortes.
A República Centro-Africana, país com uma população de cerca de 4,9 milhões de habitantes, vive um complicado processo de transição desde que 2013, quando rebeldes Seleka derrubaram o presidente François Bozizé. Esse levante gerou uma onda de violência sectária entre muçulmanos e cristãos, deixando milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados e se transformou em uma crise, com dezenas de grupos armados de diferentes tipos. EFE
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