Lula é condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em caso sítio de Atibaia (SP)

São Paulo, 6 fev (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado nesta quarta-feira a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um processo da operação Lava Jato referente a obras realizadas por empreiteiras em um sítio de Atibaia (SP).

Lula já cumpre uma pena de 12 anos e 1 mês de prisão desde abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP), pelo qual foi condenado em segunda instância.

Desta vez, a juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal de Curitiba, condenou Lula em primeira instância após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de que o ex-presidente recebeu propina das construtoras OAS e Odebrecht, além do Grupo Schahin, de José Carlos Bumlai, por meio de US$ 1,02 milhão em reformas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia.

O local pertence ao empresário Fernando Bittar, amigo de Lula há décadas, e era frequentado assiduamente pelo ex-presidente e a família.

Segundo a Justiça, apesar de não ser o proprietário do sítio, Lula se beneficiou ilegalmente das reformas feitas por empresas que foram favorecidas durante seu período no governo em contratos com a Petrobras.

Além da pena de prisão, Lula foi condenado hoje a pagar 212 dias-multa, com o valor de 2 salários mínimos por cada dia-multa.

Além de Lula, Hardt condenou alguns empresários neste processo, entre eles o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro (1 ano e 7 meses de prisão); Emilio Odebrecht, patriarca do grupo Odebrecht (3 anos e 3 meses), e seu filho Marcelo Odebrecht (5 anos e 4 meses). EFE