Opositor denuncia bloqueio militar de ponte entre Colômbia e Venezuela
Caracas, 6 fev (EFE).- O exército da Venezuela mantém bloqueada a ponte fronteiriça de Tienditas, que liga o país com a Colômbia, uma moderna infraestrutura que ainda não foi inaugurada e por onde espera-se que entre ajuda humanitária, denunciou nesta quarta-feira o deputado opositor Franklyn Duarte.
"O que está bloqueando (...) a ponte Tienditas, por onde eles (os militares) presumem que vai passar a ajuda humanitária, é um caminhão-tanque, um container, e chegou na madrugada de hoje um comboio das Forças Armadas", disse Duarte à Agência Efe.
A ponte de Tienditas une a colombiana cidade de Cúcuta com a venezuelana de Ureña, no estado Táchira, e é uma das promessas da integração entre os dois países.
Duarte, parlamentar por Táchira, afirmou que o bloqueio é uma ordem do governante Nicolás Maduro e do ministro de Defesa, Vladimir Padrino López.
Além disso, publicou no Twitter uma imagem na qual é possível observar um veículo militar sobre uma ponte.
"Posso assegurar que estes militares que estão ali, e muitos outros que estão em diferentes comandos, necessitam de ajuda humanitária para eles e para familiares. Vamos ver se vão proibir a entrada de remédios e alimentos. Atento sem cair em desespero", diz a mensagem que acompanha a foto.
Além disso, não duvidou em afirmar que embora o Governo coloque até um "muro de concreto em toda" a fronteira de Táchira, a ajuda humanitária ingressará na Venezuela, um país imerso em uma grave crise econômica que provocou escassez de remédios e alimentos.
O mesmo deputado tinha dito na noite da terça-feira que as remédios e insumos não serão entregues na ponte a cidadãos normais e pediu que fiquem atentos à informação oferecida pelo chefe do Parlamento, Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente encarregado.
A ajuda humanitária para a Venezuela foi solicitada pelo chefe do Parlamento, apesar da recusa do Governo de Nicolás Maduro que assegura que isto pode dar passagem a uma invasão estrangeira.
Embora ainda não esteja claro como este apoio vai entrar na Venezuela, o Parlamento opositor já informou que haverá um centro de coleta em Cúcuta, onde um grupo de venezuelanos se apostaram durante na terça-feira.
Segundo explicou a Câmara, no Brasil e em uma ilha do Caribe, que ainda não precisou, também haverão outros centros de coleta para esta ajuda que provém de empresas de capital venezuelano no exterior, assim como da Colômbia e dos Estados Unidos. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.