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Trump defende sanções ao Irã por ser "principal patrocinador do terrorismo"

06/02/2019 02h15

Washington, 5 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira as sanções impostas ao Irã e sua decisão de desvincular-se do tratado nuclear com essa nação, porque, segundo disse, esse país é "o principal patrocinador estatal do terrorismo".

"Para garantir que esta ditadura corrupta nunca adquira armas nucleares retirei os Estados Unidos do desastroso acordo nuclear com o Irã", ressaltou Trump durante seu discurso anual sobre o Estado da União diante do Congresso americano.

Por este motivo, ressaltou Trump, os EUA aplicaram "as sanções mais duras jamais impostas a um país".

"Não desviaremos nossos olhos de um regime que canta a morte dos EUA e ameaça o genocídio contra o povo judeu", completou.

Com esta frase, o presidente americano insistiu sobre a luta contra o "vil veneno do antissemitismo", que se deve enfrentar "em qualquer lugar e em qualquer lugar onde ocorra".

Além disso, sobre este assunto, Trump voltou a mostrar-se orgulhoso por ter reconhecido "a verdadeira capital de Israel" e "com orgulho abrir ali a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém".

Finalmente, com relação às atuações dos EUA no Oriente Médio, Trump garantiu que as tropas americanas "libertaram praticamente todo o território - de Iraque e Síria - das garras dos assassinos do EI (o grupo Estado Islâmico) sedentos de sangue".

"Quando assumi o cargo, o EI controlava mais de 20.000 milhas quadradas (cerca de 52.000 quilômetros quadrados) no Iraque e na Síria", lembrou Trump.

Por esse motivo, defendeu a retirada das tropas americanas da Síria, já que "é hora de dar aos valentes guerreiros" nessa nação "cálidas boas-vindas em casa" enquanto se trabalha com os aliados "para eliminar qualquer resquício do EI".

Em dezembro do ano passado, Trump anunciou a retirada das tropas enviadas à Síria - cerca de 2.000 soldados - após proclamar a derrota total do EI no país árabe.

Os EUA iniciaram sua intervenção na Síria em setembro de 2014 no marco da coalizão internacional contra o EI, meses depois da proclamação de um califado neste país e no Iraque por parte dos radicais.

Os militares dos EUA colaboram na Síria com as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança de milícias curdas e que teme que a retirada de Washington provoque um ressurgimento dos extremistas. EFE