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Trump destaca luta contra a dependência de opiáceos e a reforma judicial

06/02/2019 01h13

Washington, 6 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou nesta terça-feira os projetos legislativos "sem precedentes" realizados para conter a crise por dependência de opiáceos que o país enfrenta e, em seguida, avaliou a reforma judicial promovida pelo Congresso e seu governo.

Para salientar a importância da reforma do sistema judicial, Trump convidou ao Congresso, Alice Johnson, que foi condenada à prisão perpétua em 1997 como "criminosa de drogas não violentas".

"Ela teve um grande impacto sobre a população carcerária, e muito além", avaliou Trump, afirmando estar "profundamente comovido com sua história".

Os congressistas aplaudiram Alice durante vários segundos, enquanto que ela chorava, emocionada, e Trump repetia que se tratava de uma mulher "incrível".

"A história de Alice destaca as disparidades e injustiças que podem existir na sentença penal, e a necessidade de remediar esta injustiça. Ela ficou presa por quase 22 anos e esperava ficar por lá pelo resto da sua vida", afirmou o presidente.

"Inspirado por histórias como as de Alice, meu governo trabalhou em estreita colaboração com os membros das duas partes para promulgar a Lei do Primeiro Passo".

No dia 21 de dezembro do ano passado, Trump assinou uma lei que permitirá a libertação de milhares de presos e representa a maior reforma em décadas do sistema penal americano, que tem atrás das grades cerca de 2,2 milhões de pessoas.

O presidente tem desempenhado um papel fundamental na reforma, já que conseguiu mudar a postura tradicional dos legisladores republicanos, que durante anos defenderam a necessidade de um sistema penal duro e que, sob o governo de Barack Obama, resistiram a aprovação de uma mudança similar.

Durante a campanha de 2016, Trump prometeu um sistema penal baseado na "lei e ordem", mas seu genro e assessor presidencial, Jared Kushner, conseguiu convencê-lo a apoiar os esforços de um grupo de senadores democratas e republicanos para alterar o sistema carcerário. EFE