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África do Sul realizará eleições gerais no dia 8 de maio

07/02/2019 18h27

Johanesburgo, 7 fev (EFE).- A África do Sul realizará no dia 8 de maio suas próximas eleições gerais, as sextas desde o fim do "apartheid" e a chegada da democracia, em 1994, anunciou nesta quinta-feira o presidente do país, Cyril Ramaphosa.

Ramaphosa, que sai como favorito para ser reeleito, revelou a data do pleito durante o discurso sobre o estado da nação, pronunciado hoje na sede do Parlamento, na Cidade do Cabo.

Os sul-africanos terão que escolher seus representantes na Assembleia Nacional (Câmera Baixa), encarregados depois de proclamar oficialmente o presidente da República para os próximos cinco anos.

As províncias também votarão para renovar os órgãos legislativos locais.

Ramaphosa será o candidato do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa o país desde a vitória de Nelson Mandela nas primeiras eleições democráticas, há 25 anos.

O atual chefe do Estado chegou à Presidência em fevereiro do ano passado, depois que o CNA forçou a renúncia de Jacob Zuma (2009-2018) por seus múltiplos escândalos de corrupção e pela ineficiência do seu governo.

Desde então, Ramaphosa trabalhou para melhorar a deteriorada imagem do CNA - especialmente com medidas contra a corrupção - e impulsionar a economia, visando as eleições de 2019.

As pesquisas de intenções de voto foram melhorando para o CNA nos últimos meses e, de acordo com os últimos dados, Ramaphosa ganharia a eleição com 59% dos votos.

No entanto, caso essa projeção se confirme, o CNA ficaria pela primeira vez abaixo dos 60% desde a chegada da democracia.

As pesquisas também apontam que a Aliança Democrática (AD, centro) se manteria como principal legenda opositora, seguida pelo grupo de extrema-esquerda Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês).

O elevado índice desemprego, o deficiente sistema educacional, a desigualdade desde os tempos do apartheid e a necessidade de reformar o sistema de propriedade da terra (majoritariamente nas mãos da minoria branca) serão alguns dos principais temas da corrida eleitoral. EFE