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EUA revogam vistos de integrantes da Assembleia Constituinte da Venezuela

07/02/2019 21h08

Washington, 7 fev (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira novas sanções contra figuras políticas da Venezuela, desta vez materializadas em restrições e na revogação de vistos de integrantes da Assembleia Nacional Constituinte, um órgão paralelo ao parlamento e dominado pelo partido de Nicolás Maduro.

"Estamos impondo restrições de vistos e a revogação de vistos dos membros da Assembleia Nacional Constituinte ilegítima" da Venezuela, afirmou hoje o enviado especial do governo dos EUA para esse país, Eliott Abrams, em entrevista coletiva.

A Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela está liderada por Diosdado Cabello, que já foi alvo de sanções do governo americano.

Abrams pediu à comunidade internacional que se una à resposta dos EUA ao pedido de enviar ajuda humanitária à Venezuela feito por Juan Guaidó, o líder da Assembleia Nacional, que no último dia 23 de janeiro se autoproclamou presidente em exercício do país.

Além disso, em relação à reunião convocada entre ontem e hoje em Montevidéu pelo Uruguai e o México com a intenção de criar um Grupo Internacional de Contato sobre a Venezuela que buscar iniciar um diálogo para superar a crise, o funcionário americano pediu aos países que reconheçam Guaidó.

"O tempo para um diálogo com Maduro passou há tempo", acrescentou o enviado, que ressaltou que, enquanto Maduro está "enganando", Guaidó está fazendo apelos para que a assistência humanitária chegue ao seu país.

Abrams também criticou Maduro por continuar bloqueando o acesso da ajuda humanitária e indicou que o governo americano está coordenando com Guaidó e sua equipe, assim como com outros governos e parceiros humanitários, a logística para mobilizar a ajuda de forma "eficiente" e "segura".

Nesta quinta-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Bogotá anunciou que a primeira carga de ajuda humanitária internacional para atenuar a crise na Venezuela chegou à cidade colombiana de Cúcuta.

Cúcuta, capital do departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, é um dos três pontos de armazenamento, junto a Brasil e Porto Rico, da ajuda humanitária que Guaidó anunciou no sábado passado. EFE