UE afirma que ajuda humanitária à Venezuela não deve ser "politizada"
Montevidéu, 7 fev (EFE).- A alta representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, disse nesta quinta-feira que a ajuda humanitária à Venezuela deve ser canalizada de forma "imparcial" e não deve ser "politizada".
"Falamos da necessidade de ter uma ajuda canalizada de forma imparcial e independente para que a ajuda nunca se veja politizada", disse Mogherini em entrevista coletiva em Montevidéu ao final da primeira reunião do Grupo Internacional de Contato sobre a Venezuela.
Mogherini destacou que a UE já mobilizou ajuda para a Venezuela no valor de 60 milhões de euros, aos quais se somarão outros 5 milhões.
Para que esses recursos sejam gerenciados de modo "eficaz" e "adequado", Mogherini indicou que a UE está disposta a abrir em Caracas um escritório para tramitar a assistência humanitária.
Por sua parte, o chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, sustentou que a chegada de ajuda humanitária à Venezuela "é imperiosa".
"Tentaremos gerar os canais necessários para que a Venezuela permita que essa ajuda chegue", disse o ministro uruguaio.
A Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, informou nesta terça-feira que está coordenando o ingresso ao país do primeiro lote de ajuda humanitária, com remédios e alimentos.
A ajuda humanitária para a Venezuela foi solicitada pelo líder da Assembleia, Juan Guaidó, apesar da recusa do governo de Nicolás Maduro, que assegura que isto pode abrir passagem a uma invasão estrangeira.
Embora ainda não esteja claro como este apoio vai entrar na Venezuela, o parlamento opositor já antecipou a disponibilidade de centros de armazenamento na fronteiriça cidade colombiana de Cúcuta.
Em sua declaração final, o Grupo Internacional de Contato sobre a Venezuela "reconhece a crise humanitária que continua se aprofundando diariamente, afetando milhões de venezuelanos".
O grupo, integrado por uma dúzia de países europeus e latino-americanos, expressou "seu compromisso de enviar mais assistência em áreas de necessidade e coordenar sua entrega em conjunto com o representante do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), Eduardo Stein".
A tensão aumentou na Venezuela desde que, no último dia 23 de janeiro, Juan Guaidó se autoproclamou presidente em exercício do país questionando a legitimidade do governante Nicolás Maduro após sua reeleição em pleitos que a oposição considera "fraudulentos". EFE
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