Chanceler saudita diz que Bin Salman não está envolvido na morte de Khashoggi
Washington, 8 fev (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Yubeir, reiterou nesta sexta-feira, em Washington, que o príncipe herdeiro ao trono do país, Mohammed bin Salman, não está envolvido na morte do jornalista Jamal Khashoggi e que insinuar o contrário será cruzar uma "linha vermelha".
Em entrevista à imprensa americana, Al Yubeir disse que o assassinato de Khashoggi foi resultado de uma "operação não autorizada" e que o príncipe herdeiro não deu ordens para matar o jornalista saudita no consulado do país em Istambul.
O chanceler não quis comentar uma matéria ontem publicada pelo jornal "The New York Times", que afirma que Bin Salman ameaçou matar Khashoggi, e considerou que fazer esse tipo de insinuação sobre o príncipe herdeiro seria "atravessar uma linha vermelha".
O "Times" afirma que Bin Salman disse em uma conversa ocorrida em 2017 que usaria uma "bala" contra Khashoggi se ele não voltasse à Arábia Saudita e deixasse de criticar o governo do país.
O jornal americano, que cita na reportagem ex-funcionários do governo americano e representantes de outros países com conhecimento de relatórios de inteligência, afirma que as agências de espionagem dos EUA interceptaram conversas do príncipe herdeiro.
A matéria do "Times" foi publicada pouco depois de a relatora da ONU sobre a Tortura, Agnes Callamard, ter afirmado que Khashoggi, colunista do "The Washington Post", foi vítima de um "assassinato brutal e premeditado", que foi "planejado e cometido por funcionários da Arábia Saudita".
Al Yubeir está em Washington para participar de uma cúpula da coalizão liderada pelos EUA para combater o Estado Islâmico. Ontem, ele se reuniu com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
No encontro, os dois destacaram a importância de dar sequência às investigações do assassinato do jornalista de forma "crível e transparente". EFE
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