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Colômbia diz que operação de ajuda é humanitária, mas tem apoio do Exército

08/02/2019 16h08

Cúcuta (Colômbia), 8 fev (EFE).- O governo da Colômbia afirmou nesta sexta-feira que a operação que está organizando junto com os Estados Unidos para levar remédios e alimentos à Venezuela é "eminentemente humanitária", mas conta com o apoio do Exército.

"É importante ressaltar que, embora tenhamos com segurança militar e policial, à qual agradecemos, isso se trata de uma operação eminentemente de tipo humanitário", disse o diretor da União Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD), Eduardo José González, ao apresentar o local em Cúcuta onde serão armazenados os produtos doados para a Venezuela.

González fez questão de ressaltar que não há planos intervir militarmente na Venezuela e que toda a operação visa levar mantimentos, remédios e kits de higiene ao país vizinho.

"Neste primeiro momento, a operação é entre o governo dos Estados Unidos, da Colômbia e da presidência interina da Venezuela", completou o diretor da UNGRD na entrevista coletiva.

Segundo a embaixada dos Estados Unidos, a primeira fase da ajuda humanitária tem produtos suficientes para alimentar 5 mil venezuelanos por dez dias. Os itens de higiene atenderiam 7,5 mil pessoas pelo mesmo período e os kits médicos são suficientes para cuidar de 10 mil habitantes.

Lester Toledo, representante do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse que a principal estratégia da oposição é criar um "corredor humanitário".

Os primeiros caminhões com ajuda humanitária enviada pelos EUA à Venezuela chegaram ontem à cidade colombiana de Cúcuta. O comboio era formado por nove veículos, dois grandes e sete pequenos.

Outros dois pontos de armazenamento de ajuda humanitária serão criados no Brasil e em Porto Rico, mas ainda não há detalhes de como a operação funcionará nos dois países.

A ajuda humanitária é pedida não só pelos venezuelanos, mas também por sindicatos, como o dos enfermeiros, que ontem pediram que Nicolás Maduro permita a entrada dos produtos no país. EFE