Macedônia do Norte realizará eleições presidenciais em 21 de abril
Skopje, 8 fev (EFE).- A Macedônia do Norte realizará eleições presidenciais no próximo dia 21 de abril, que serão os primeiros pleitos que acontecerão neste país com seu novo nome, segundo convocou nesta sexta-feira o parlamento.
Os eleitores deverão escolher o sucessor do atual chefe de Estado, o conservador Gjorge Ivanov, que desempenha o cargo desde maio de 2009 e não pode ser reeleito.
Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos no primeiro turno, o segundo turno será realizado em 5 de maio.
Neste segundo turno, ganha o candidato com mais apoios, mas a eleição só será válida se pelo menos 40% dos cidadãos recenseados comparecer às urnas e, em caso contrário, os pleitos serão realizados novamente.
O presidente que for eleito será o quinto desde que a Macedônia do Norte proclamou sua independência da Iugoslávia em 1991.
O primeiro chefe de Estado foi Kiro Gligorov, entre 1991 e 1999; que foi seguido por Boris Trajkovski (1999 a 2004), Branko Crvenkovski (2004 a 2009) e o atual, Gjorge Ivanov.
A expectativa é que a disputa se desenvolva entre os dois partidos principais: os social-democratas do SDSM, ao qual pertence o primeiro-ministro, Zoran Zaev, e o conservador opositor VMRO-DPMNE, do presidente em fim de mandato.
Os resultados serão um termômetro do estado do ânimo político da população, após a assinatura do histórico Acordo de Prespa com a Grécia sobre a mudança do nome.
O atual presidente foi o principal opositor a este acordo, até o ponto que se negou a assiná-lo, como fez também com a lei que permitiu o albanês como segundo idioma oficial do país.
Ivanov se negou a assinar ambos textos, por considerar que prejudicam os interesses nacionais da Macedônia e põem em perigo o seu futuro.
Acabou sendo o presidente do parlamento quem assinou e publicou no Diário Oficial do Estado ambos documentos, o que desencadeou um amplo debate judicial no país sobre se este movimento era ou não legal.
Em princípio, está previsto que o presidente do parlamento só pode assinar uma lei no caso que o chefe de Estado morra ou se encontre em uma situação de incapacidade justificada.
A expectativa é que o Tribunal Constitucional aborde este tema nos próximos meses.
O presidente do país é comandante-em-chefe das Forças Armadas; além de ser o responsável de outorgar o mandato para a formação de um novo governo, assinar leis e acordos internacionais e nomear embaixadores. EFE
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