Presidente do Sudão do Sul adverte que precisa de financiamento para paz
Juba, 8 fev (EFE).- O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, afirmou nesta sexta-feira que o acordo de paz assinado com a oposição enfrenta "grandes desafios" devido à ausência de financiamento internacional e a falta de confiança de alguns países.
Kiir indicou, em discurso para a coalizão parlamentar governante, que se os Estados Unidos se negam a apoiar o acordo, assinado em agosto, os países europeus também não farão contribuições.
"A aplicação do acordo enfrenta grandes desafios. Até o momento, não há financiamento por parte dos Estados Unidos e de países do Ocidente", disse o líder.
O governante disse que "algumas pessoas acham que o acordo não se sustentará e que as partes voltarão novamente ao combate". Os comitês que foram criados para implementar o cessar-fogo também se queixam da falta de financiamento para as suas funções.
No discurso, o chefe de Estado especificou que o documento, que contempla a criação de um governo de união e a futura convocação de eleições, não é do seu agrado.
"Este acordo não está bom, mas assinei porque o povo sofreu pela guerra e não quero que esse sofrimento continue", justificou Kiir.
Ele pediu aos envolvidos no acordo que trabalhem para construir um futuro melhor para as próximas gerações mediante a ótima aplicação dos artigos do acordo de paz, que tem como objetivo acabar com a guerra que começou no final de 2013.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou em dezembro que os Estados Unidos não darão mais empréstimos ou verbas ao governo sul-sudanês e acusou os líderes de "perpetuarem" a violência.
O acordo de paz prevê um período transitório de oito meses para assentar o cessar-fogo e criar um Exército que integre os rebeldes, um trabalho que ainda não começou. Esse Exército ficará encarregado de proteger os membros do governo de unidade, que ficará no poder por 36 meses, até que sejam convocadas eleições. EFE
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