Procurador-geral de Trump nega ter interferido em investigação da trama russa
Washington, 8 fev (EFE).- O procurador-geral interino dos Estados Unidos, Matthew G. Whitaker, negou nesta sexta-feira diante do Congresso ter interferido nas investigações judiciais da suposta ingerência russa durante as eleições de 2016 que deram a vitória ao atual presidente, Donald Trump.
Whitaker, que desde novembro do ano passado é procurador-geral interino designado por Trump, compareceu esta manhã diante do Comitê Judicial da Câmara dos Representantes em uma nova etapa das investigações sobre a suposta trama russa, agora que tal assembleia conta com maioria democrata.
Em uma tensa sabatina, o procurador-geral destacou que "não está obrigado" a tornar públicas suas conversas com Trump, mas garantiu que não falou com o presidente sobre a investigação de Robert Mueller, o promotor especial que averigua as possíveis vinculações de membros de equipe de campanha do atual inquilino da Casa Branca com Moscou.
"Não falei sobre este assunto com altos funcionários da Casa Branca", assegurou, ao mesmo tempo em que argumentou possuir "privilégio executivo" para manter sob segredo o conteúdo dos seus diálogos com Trump.
Whitaker foi uma figura controversa desde que o próprio Trump o escolheu para dirigir o Departamento de Justiça, depois que o procurador-geral anterior, Jeff Sessions, renunciou de forma forçada a pedido do presidente.
Sessions foi embora, entre outros motivos, pelas tensões que surgiram com Trump quando decidiu afastar-se da investigação judicial sobre a trama russa, o que levou à designação de Mueller como promotor especial para o assunto a fim de evitar possíveis interferências do governo americano.
Whitaker foi questionado pelos democratas devido às suas críticas passadas à investigação, que, sob a direção de Mueller, ampliou as averiguações da suposta influência do Kremlin desde as eleições americanas até as finanças e negócios de Trump.
Diante das dúvidas colocadas pelos congressistas democratas sobre seu desempenho à frente do Departamento de Justiça, Whitaker afirmou hoje que "seguiu as instruções do promotor especial (Mueller) de forma rigorosa".
"Não interferi na investigação do promotor especial de nenhuma maneira", insistiu. EFE
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