Bouteflika tentará reeleição para quinto mandato presidencial na Argélia
Argel, 9 fev (EFE).- A Frente de Libertação Nacional (FLN), que governa na Argélia desde a independência, designou neste sábado seu presidente e atual líder do país, Abdelaziz Bouteflika, como candidato para as eleições presidenciais previstas para 18 de abril.
Em um grande comício realizado em Argel, o coordenador-geral do FLN, Moad Buchareb, insistiu que Bouteflika, de 82 anos e quase afastado da vida pública por seu grave estado de saúde, é a pessoa apropriada para dirigir o país no que seria seu quinto mandato consecutivo.
"Em nome do FLN, tenho a honra de anunciar que o partido designou como candidato à próxima eleição o presidente Abdelaziz Bouteflika para (que possa) prosseguir com sua obra à frente do país", afirmou.
"Pedimos ao presidente da República, filho do FLN, muyahidin (combatente) e líder da reforma que continue", disse Bouchareb, recentemente elevado à presidência do Parlamento após uma manobra dos partidos governistas contra a velha-guarda do partido.
Semanas depois, e em um movimento similar, Bouchareb deslocou outro antigo aliado de Bouteflika da secretaria-geral do FLN, formação no poder na Argélia desde a independência da França em 1962.
Na reunião deste sábado participaram vários ministros. Além disso estiveram presentes o secretário-geral da presidência da República, Hoba Okbi e o ex-primeiro-ministro, Abdelmalek Sellal, que possivelmente dirigirá a campanha de Bouteflika.
"A favor da continuidade destas conquistas históricas, aderimos à ideia de que deve completar o caminho. Todos seus mandatos presidenciais foram positivos apesar da crise vivida no país", disse Bouchareb diante de cerca de 15 mil militantes do partido.
A saúde de Bouteflika, no poder desde 1999, é um mistério desde que em 2013 sofreu o que os veículos de imprensa oficiais qualificam de um "acidente cardiovascular" severo.
A doença lhe impediu de participar da campanha eleitoral de 2014 e desde então suas aparições em público se reduziram nos dois últimos anos.
Neste tempo, deixou de falar em público, não viaja para o exterior, exceto para revisões médicas na França,, só se movimento em cadeira de rodas e inclusive cancelou no último momento reuniões com líderes mundiais que visitaram a Argélia, como a chanceler alemã Angela Merkel.
Só o Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), liderado pela oposição islamita, se mostrou abertamente contra o possível quinto mandato de Bouteflika, que considera nocivo para o país. EFE
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