Hafter estabele "zona de exclusão aérea" no sul da Líbia
Trípoli, 9 fev (EFE).- O marechal Khalifa Hafter, homem forte de Líbia, ordenou neste sábado o estabelecimento de uma "zona de exclusão aérea" na estratégica região do sul, palco há semanas de duros combates armados.
Em mensagem divulgada nas redes sociais, o tutor do governo estabelecido em Benghazi advertiu que as forças da chamada "Operação al Karama" abaterão "qualquer objeto que sobrevoe o sul sem autorização".
"Esta região é declarada zona militar até nova ordem", acrescentou a nota.
A decisão foi revelada poucos dias depois que a "Operação Al Karama" anunciou que tinha assumido o controle do jazida petroleira de Sharara, a maior do sudoeste de Líbia e vital para a sobrevivência do governo rival sustentado pela ONU em Trípoli.
A ocupação foi negada horas depois por milícias afins ao governo sustentado pela ONU na cidade de Ubari, que acusaram Hafter de empreender uma campanha propagandística.
Fontes de Segurança na região e serviços de inteligência confirmaram à Agência Efe, no entanto, que as forças de Hafter conseguiram ultrapassar o perímetro e expulsar as milícias locais de um dos poços desta jazida, que gera cerca de 300 mil barris de petróleo diários.
As mesmas fontes asseguram que estão sendo realizadas negociações discretas entre as partes em conflito para tentar evitar um enfrentamento armado que poderia ser nocivo para a indústria petrolífera da Líbia.
A Líbia atualmente tem dois focos de poder, um liderado por Hafter no leste do país e outro restringido a Trípoli e que é dirigido pelo presidente e primeiro-ministro, Fayez al-Sarraj, regime sustentado pela ONU e pela União Europeia (UE).
A eles se somam ao poder das cidades de Zintane e Misrata centenas de milícias locais, grupos jihadistas de diferente ideologia e várias redes de contrabando de pessoas, combustível, armas e inclusive alimentos, que definem e controlam a economia do país.
Semanas atrás, a ONU advertiu que a pacificação do sul é essencial para o sucesso do plano de reconciliação que tenta implementar há dois anos. EFE
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